A MENINA DO CASULO AMARELO
Luci era uma garotinha de quase 7 anos, com seus cabelos castanhos e cacheados, de voz doce com sua tez café com leite, um desenho de Deus na terra. Seus pequeninos olhos atentos observavam tudo ao seu redor. Tinha uma vivacidade que não ouso dizer conhecer outrem. Seus pais, pessoas simples e sem estudo, preocupados com a curiosidade infinita e os questionamentos contantes da menina, apenas diziam, "Ela é apenas uma criança, não sabe nada da vida". Eles ainda não sabiam que Luci tinha a alma livre feito borboleta e aquele "casulo", seu quarto feito de madeira, de cor amarela era frágil demais para tantos vôos em seu futuro brilhante. Na casa simples, em seu quarto, apenas uma cama, onde a mãe cuidadosamente o enfeitou com laços e singelos adereços. A menina Luci gostava de ouvir histórias e olhar o céu, as estrelas, seus formatos. Eram brilhantes.
Sonolenta ainda se perguntava por que algo tão perfeito em sua imensidão a presenteava quase todas as noites... o que mais poderia descobrir?
Aquele quartinho amarelo começava então a ficar pequeno demais para a pequenina Luci.