Corda Bamba
Texto - Corda bamba
Autor - Marcus Vinicius
Pé direito para frente
Pé direito para o lado
Pé esquerdo para frente
Pé esquerdo para o lado
Balança as cadeiras
Responda sem engasgo
Eu vou falar de pé - Morto.
Você me responderá,
de cócora - Vivo.
Eu vou questionar de pé - Vivo.
Você exclamará de cócora - Morto!
Quero ver quem vai acertar:
Morto - Vivo
Vivo? - Morto!
Mas se eu afirmar sentado - Raso.
Você exclamará pulando - Fundo!
Se eu questionar pulando - Fundo?
Você afirmará parado - Raso.
Fora - Fundo!
Dentro? - Raso.
Morto - Vivo.
Vivo! - Morto?
Mas não vale colar
Quando eu mandar com o dedo hasteado - Agora!
Você me diz negando - Mais tarde.
Se eu aceitar indignado - Mais Tarde!
Você exigirá com o dedo - Agora!
Vamos lá, vamos lá...
Agora - Mais tarde
Mais tarde? - Agora
Morto - Vivo
Vivo? - Morto
Fora - Fundo
Dentro? - Raso
Mas se eu mostrar - Aqui
Você me mostra - Acolá
Se eu ordenar - Silêncio!
Você me responderá - Jamais!
Morto - Vivo.
Vivo? - Morto!
Fora. - Fundo!
Dentro? - Raso.
Aqui. - Acolá.
Acolá? - Aqui.
Silêncio! - Jamais!
Jamais? - Silêncio!
Para poder escutar
O menino magricela muito esperto, olhos acesos arregalados e cabelos volumosos e espetados vinha aqui (acolá). Acolá? (Aqui) para cavar um fundo (Raso). Raso (fundo) profundíssimo buraco. De dentro da casa grande do meio da rua larga e sombreada, da pesada janela com formato de guarda-chuva, a menina amarela, de tranças nos longos cabelos e fivelas, abriu a goela e gritou sem parar: Menino, vivo (morto). Morto? (vivo) para gostar de você, venha cavar seu espaço no meu coração. O menino ficou corado, em silêncio (Jamais). Jamais? (Em silêncio), baixou a cabeça e continuou a cavar.-
Fundo - Raso
Raso? - Fundo
Aqui - Acolá
Acolá - Aqui
Morto - Vivo
Vivo? - Morto
Silêncio - Jamais
Jamais? - SILÊNCIO!