Mancebos do Brumado
A lembrança deles é indelével. E pungente, pois somente por uma única vez estiveram juntos. E testemunhei a cena, entre a alegria de estar rodeando mamãe com Latoya, Bebel, Beu e o mais petiz Zeluiz, em torno do café da tarde, que vez por outro tomávamos o café da tarde, logo que ela chegava da fábrica, após haver cumprido o turno das 10:00 às 14:00 horas.
E era ao ar livre, no terreiro, pouco abaixo da porta da cozinha, onde o limoeiro, pródigo, e a mangueira, altiva, de mana Latoya, se digladiavam para nos dar uma boa sombra.
E daquela vez, quem sabe em 1956 ou 57, mamãe trouxe consigo o novo mancebo. Quase um palmo mais alto do que o residente, mirradinho, que se despedia... - para dar lugar ao bem mais encorpado sucessor, de base e topo sólidos, hastes roliças, madeira de lei, que nem parecia dar bola para a solenidade de uma despedida.
O café, como de hábito, foi doce, com o coador cumprindo seu papel co-adjutor, e as abelhas, costumeiras visitantes, seguindo seu rito, nem davam bola para o mito...
O pão, que viera do depósito-padaria do Cintico, logo consumido, só deixava sinais de sua breve passagem nalguma migalha que povoasse a graciosa prin-cestinha verde, de plástico...