Vipitoporipiapá
Eu ouvia isso da boca de Ticintina e ficava estarrecido, entre o embeveci mento e o encabulamento...que diabos era de que estava falando naquele estranho linguajar...?
E ouvia também as mocinhas, sobretudo a mana Vitória, cochichando pelos cantos, e mesmo com aquela sonoridade maviosamente repetitiva, neca de eu desbruncar as mensagens. Tudo soando tão próximo do familiar e ao mesmo tempo e tampo tão enigmático...
Mas, estoicamente, não ousei perguntar. E fui convivendo com aquela lembrança até, bem, até nalgum ponto da idade adulta receber, feito um Vieira sem o seu poder de contemplação, receber de graça e bem grosso, aquele estalo:
Tanto pê nessa linguagem, caramba, carambola, e nem tinha nascido ainda o PT...e que tal dar uma escoimada nessa pezada toda...e eis que
estava finalmente descoberto o código: era a tal língua do p, acompanhando toda vogal, a ela se colava apoiado num p...
Puputata quepe papariupiu!!!