A muleta

Na pequena cidade de Naakum, havia um homem temido por sua sabedoria, Julião Coração de Formiga. Andava em seu cavalo Pulgaço por todo povoado, tentando resolver grandes casos com toda sabedoria.

Certo dia apareceu um dos maiores problemas a ser resolvido, o rei de Naakum precisava de uma solução, pois seu pé direito estava quebrado. Os reis jamais poderiam pular em um pé só, senão virariam sapos.

O pedido do rei deveria ser resolvido rapidamente e Julião pediu um tempo para pensar em uma solução e logo voltou com uma grande ideia.

Fora a primeira muleta que surgiu, deram vários nomes: pé de sovaco, pé de madeira... Mas parecia que aqueles nomes não se encaixavam bem para seu invento.

Depois de andar bastante e aprovar o mais novo invento, sentou em sua cadeira e chamou Rizoleta para guardar seu pé de sovaco.

Rizoleta disse:- perdão meu rei, mas ficaste parecendo um moleque andando assim com esse pé de sovaco. O rei ficou furioso com sua a audácia ao compará-lo com um moleque e chamou a moça para castigá-la.

Como poderia ele, um rei ser comparado a um moleque? Mas nesse exato momento, Julião disse que Risoleta acabara de lhe dar uma ideia para um bom nome ao seu novo invento, dizia todo entusiasmado.

_ De agora em diante esse invento será chamado de muleta, realmente quem usa meu invento fica parecendo um moleque com perna de pau.

O rei aplaudiu todo feliz esquecendo-se de sua fúria e disse em voz alta que daquele dia em diante o invento que o livrara de virar um sapo seria chamado de muleta.

E seu invento foi admirado e muito útil principalmente para os reis que não poderiam pular em um pé só.

-Débora Dantas dos Santos