Galicéa Garninzé

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Pobrezinha, garninzé;
Sofria que dava dó;
Não podia acompanhar;
As outras galinhas carijós!

Não sei o que era pior;
Ficar pra traz e comer pó,
Ou pedir ajuda á sabrina,
A outra orgulhosa, galinha carijó!

Talvez por ser carente, diferente e pintadinha,
Fosse esta a razão, que a deixava tão tristinha
Galicéa, a garninzé pelos cantos a chorar
Precisava acontecer algo para voltar a se alegrar!

Um dia galicéa, que chorava todo dia
Encontrou uma amiguinha, uma menina pequenina
Uma já gostou da outra, amor de primeira vista
Nunca mais a pintadinha se sentiu tão esquisita!

Tudo era motivo de festa, de alegria e brincadeiras
Galicéa se escondia atrás das bananeiras
A menina já sabia que a carijó lhe caçoava
Disfarçava não saber e por traz ela chegava!

A galinha não pintava, não lia e nem escrevia
Mas dava pra ver na sua cara que tudo, tudo entendia
Só faltava mesmo era falar a danadinha da carijó
Depois da nova aminguinha, nunca mais se sentiu só!

Precisou a coitadinha conhecer um outro alguém
Essa era a condição pra se sentir mais feliz
Encontrou a sua paz, que tanto lhe fez tão bem
Ganhou um novo lar, foi morar com a menina Lais!