Pedrinho e a vacina
Pedrinho sabia que tinha que tomar vacina no outro dia, mas estava com medo. Sua mãe tentou o tranquilizar, pois notou o medo dele no momento que foi o colocar para dormir.
-Está tudo bem, filhinho? Está preocupado por causa da vacina?
O menino concordou com a cabeça, confirmado a sua preocupação.
-Pedrinho, você tem que se vacinar para que os soldadinhos que existem em você estejam prontos para enfrentar os bichinhos maus.
-Os soldadinhos não podem enfrentar sozinhos? Porque precisa da vacina?
A mãe tentou explicar da melhor forma para a faixa etária do menino. Quando terminou o menino estava com tanto sono que acabou dormindo. Logo começou a sonhar...
Estava em um lugar em que não conhecia. Olhava ao redor quando viu que dois saldados se aproximavam meio que marchando. Se colocaram em posição de defesa na frente de uma porta em que tinha uma placa escrita "organismo humano" na sua frente. Os dois soldados não pareciam ver o menino curioso até que ele perguntou:
-Quem são vocês dois?
-Somos os anticorpos. Somos a defesa.
-A mãe usou essa palavra engraçada para se referir aos soldadinhos que defendem o corpo. Vocês devem ser esses.
Novos passos. Olhou e viu alguém vindo. Devia ser o vilão. Um dos bichinhos maus. Ele usava uma máscara de bandido que nem os vilões dos desenhos animados da TV.
O cara mau já chegou se apresentando para o menino:
-Olá!Sou o vírus -ele anda pelo local como se esperasse que o menino absorvesse as suas palavras, como quem não quer nada, após um tempo ele continua- Causo doenças, aquele resfriado que não lhe deixa ir para a escola entre outras. Para que eu atinja meu objetivo preciso primeiramente entrar no corpo.-disse apontando para a porta.Ele anda até onde estão os dois anticorpos. Antes de chegar até eles faz sinal de silêncio para o garoto que estava quase gritando para que ele tomassem cuidado com a invasão.
- Você aí silêncio, eles não podem saber quem eu sou. -Disse o bichinho mau. Mesmo com Pedrinho gritando e alertando os guardas eles deixaram o vírus passar sem problemas. O menino corre atrás dele, tinha que fazer algo- Viu como foi fácil! Eles não me conhecem, não estão prontos para lutar contra mim com as armas necessárias. Agora que estou aqui dentro vem o primeiro passo. Vou me replicar. Preste atenção, pois será uma coisa muito rápida. -antes que ele terminasse de falar já havia outro igualzinho ele. O número de vírus somente aumentava.
A cena de repente congela e entra mais alguém que ele não conhece. Uma mulher com óculos escuros e casaco. Parecia usar o disfarce que o herói favorito dele usava para manter a identidade secreta.
-Essa história poderia ser diferente não acha?-disse a mulher que tinha acabado de entrar no local e aparentemente havia congelado a cena.
-Como poderia ser diferente?-pergunta o menino Pedrinho
-Porque não pergunta para os senhores anticorpos ?
-Senhores anticorpos como poderia ter sido diferente?
-Não sabemos. Nossa função é defender o corpo contra invasores maus, mas não estávamos prontos para conter essa ameaça.-eles pareciam muito chateados com isso. Pedrinho teve pena deles. Silêncio. Era como se antecipasse algo.
A mulher misteriosa tirou o disfarce e se revelou vestida como uma super heroína. Em seu uniforme estava a letra V bem grande.
-Eu acho posso ajudar.-disse com voz heróica a super heroína
-Quem é você? Lhe conhecemos?
-Eu sou a vacina!Meu objetivo é capacitar seus soldadinhos para enfrentar o vírus. -A super vacina se coloca em posição de destaque-Vamos voltar um pouquinho e ver o que teria acontecido se o organismo tivesse sido tomado a vacina.
O tempo parece voltar para o começo da cena. O vírus volta recuando para a posição inicial, assim como Pedrinho.
Olá! Eu sou o vírus.-disse o vírus estendendo a mão para Pedrinho.- Espere acho que já falei isso.Estranho.Bem, vou fazer o que vim fazer.- o vírus coça a cabeça como se estivesse confuso e segue até os dois anticorpos. Dessa vez os dois anticorpos em posição de defesa seguram um cartaz escrito procurado, que nem nos filmes de velho oeste, o cartaz com a foto do vírus em destaque.
-Parado aí! Acho que conheço você. A vacina nos alertou sobre o seu perigo.
Os anticorpos lutam com o vírus até o derrotar. A vacina se coloca do lado do menino e explica calma e firme:
-Viu porque é importante se vacinar? A vacina estimula a memória deles. Para reconhecer os caras perigosos. Os bichinhos ficam marcados na lembrança deles e quando eles aparecerem serão logo detidos, que nem aqueles bandidos procurados do velho oeste.
-Existe prisão para vírus?-perguntou o menino curioso, ela citou os filmes e ele lembrou que os maus sempre iam presos.
-Isso eu não sei.
Tudo foi desaparecendo até que o menino acordou na sua cama. Sua mãe logo veio o chamar.
-Mamãe a vacina ajudou os anticorpos a vencer!-disse logo que a viu. Queria contar o sonho, mas tinha uma questão mais importante em mente naquele momento. Uma pergunta-Mamãe, existe prisão para vírus?