LUZ NA TEMPESTADE

Era madrugada

quatro e quinze, quase amanhecendo,

guando Maria desesperada,

Gritou, tá nascendo, tá nascendo.

Um enorme temporal

papai foi buscar a parteira,

a enchente já beirava o portal

de barco a D. Jacinta veio faceira.

Mamãe quase morreu

pois já tinha certa idade,

eu era a quinta filha que nasceu

com frio, chuva e tempestade.

Dezenove de julho de cinquenta e sete

nasceu Angela, a caçulinha,

se foi mãe, eu fiquei pivete

se foi pai, eu fiquei sozinha.

Hoje, quero com meus leitores comemorar

com grande alegria, meu aniversario,

mesmo não tendo açúcar

mas tenho vocês e o meu rosário.

Quantos anos por ai

sem receber um abraço,

mas Jesus consola, e diz vai

com ele o destino eu traço.

só uma vez ganhei um bolo

quando ainda era pequena,

sempre inverno, o bolo desmanchou

nunca esqueço essa cena.

agora tenho essa família

que são os meus leitores

através dessa poesia,

um beijão meus amores.

DIANA LUIS
Enviado por DIANA LUIS em 25/08/2017
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