O MOSQUITO E O MACACO
Era uma vez o mosquito Salomão, um menino dinâmico, estudioso, disciplinado e preocupado com um grupo de colegas que fomentava a desordem na escola. O grupo molestava os mais novos, sujava as paredes, subestimava as aulas, opunha-se às actividades estabelecidas pela instituição e tinha como cérebro o Ruca, um macaco rebelde e brigão.
Certo dia, o mosquito Salomão ao deslocar-se à cantina da escola divisou numa das mesas o macaco Ruca e aproveitando a ocasião aproximou-se. - Olá, Ruca! Como estás? - Saudou o mosquito Salomão. - Posso me sentar?
- Bom dia! O que tu queres? Como estou ou deixo de estar não é da tua conta! – Respondeu o macaco Ruca.
- Na paz, amigo Ruca! Eu quero apenas conversar. Olha Ruca, todos nós sabemos que és um aluno brilhante, porém, a tua conduta conflituosa ofusca tudo que tens de bom. Desse jeito colocas em risco o teu futuro e não só - Disse o mosquito Salomão.
- Eu não sou teu amigo! E quem és tu para questionar o meu futuro? Dele cuido eu e sei o que é benéfico para mim. - Insurgiu-se o macaco Ruca.
Terminado o recreio, Salomão despediu-se de Ruca: - Companheiro está na hora. Agora vamos para aula e não te esqueças que precisamos de ti para engrandecermos a nossa escola. Tu és dos melhores alunos que a instituição tem e não se pode desperdiçar essa valência.
Ruca, o macaco, embora desordeiro, era um menino inteligente e, por isso, rendeu-se aos conselhos do mosquito Salomão. E falou aos seus camaradas: - Doravante, nada mais de confusão. Tudo pela nossa felicidade!
A estratégia do mosquito Salomão resultou e os êxitos foram visíveis: a fuga às aulas subtraiu, alunos indisciplinados converteram-se, solidificou-se a coesão escolar e o aproveitamento académico multiplicou significativamente.
O regozijo era evidente, pois, conviver no colectivo e dentro das normas sociais é uma regra de ouro para alcançarmos a felicidade.