Passando à Vitória
Fui contar o caso da tia Rita contando estórias para nós, enquanto passava roupa e ah, pra quê, mana Vitória fez questão de levantar o narizinho e reclamar seu quinhão nessa conjunção de atividades...
E tenho que concordar com a primogênita do casal LuiZezé, pelo menos no que me tocou: como titular da obrigação, cabia-lhe passar a roupa da casa, dos pais e de toda a cambada de hermanitos. E num é que ela era bamba com o ferro à mão?
Os problemas, contudo, eram dois: conseguir alguém que lhe desvirasse toda a roupa que estava - e sempre estava - ao avesso, com a mesma rapidez com que ela passava e, o que era mais significativo, fazer-lhe companhia na sala ou copa, quando toda a perrada já dormia...
Mas disso eu só vim a saber ontem. Para mim, fazer-lhe companhia, apesar do trabalho ingente da desviração de roupa, era para ouvir suas estórias construídas bem mais sob medida do que as genéricas de tia Rita.
E nessas estórias eu me sentia como uma espécie de Trumpinha encantado que ia ganhar tudo o que ela prometia: um terninho de casemira, uns sapatinhos lustrosos, uma gravatinha, uma baratinha, ou seja, um carrinho de verdade preu dirigiir e, pra arrematar, uma cuequinha, preu só estrear...
Passa mais Totóia!