(19/40) Especial Lolla
- Hoje é dia 10, o que lembra dia 10? Ora, faça um esforço? - pergunta Alice para uma Lolla totalmente distraída.
- Sei lá, Alice, com certeza não é dia de tosa porque Seu Aníbal esteve aqui há pouco tempo, é só olhar o tamanho de minha lã.
- Sua bobinha, hoje chega o roteirista que passará uma temporada conosco para escrever sobre você, se esqueceu?
- É verdade mesmo, não é brincadeira?
- É sério. Seríssimo, quando virar filme você vai para a galeria da fama junto do Babe, o porquinho; Stuart Little, o ratinho, Willy, a baleia, Garfild...
- Chega! Volta a Terra Alice.
- Pôxa Lolla, você nem deixou eu sonhar. Vamos almoçar lá na mamãe, assim não perderemos tempo quando ele chegar.
- É, gosto muito mais das pastagens do que essas coisas que você chama de ração balanceada. Pelo menos posso observar as formigas, dar oi para a Pardaloca, minha amiguinha de penas.
- Você tem amiga chamada Pardaloca? Que horror!
- Pardaloca é a fêmea do pardal. Ela estava procurando lugar para fazer ninho, aí me contou sua vida. Quer ouvir?
- Não sei o que pode ser interessante na vida de um pardal, mas conte.
- Pardaloca morou na cidade, ela é uma passarinha urbana. Adora barulho, observar gente passando, carros e ônibus aos montes. Um dia seu relógio biológico começou a tocar. Estava precisando formar família. Conheceu um pardal que lhe interessou. Construíram um ninho numa árvore na avenida mais barulhenta da cidade. Ela pôs os ovinhos, e um dia, sem mais nem menos, quando voltou de uma saída para espichar as pernas e balançar as penas, os homens dos Parques e Jardins tinham cortado o galho da árvore onde estava seu ninho. Seus futuros filhotinhos nunca nasceram. O pardal deu um jeito de convencer Pardaloca de morar no campo. Ela está muito feliz porque encontrou uma árvore robusta e frondosa para morar, bem aqui na nossa fazenda. E eu, fiz amizade com ela.
- Lolla, você me impressiona mais e mais a cada dia! Bem, fique por aí que eu vou almoçar.
Chegando a casa, sua mãe vai dizendo que seu pai foi buscar o roteirista na cidade e que logo estariam para o almoço. Quando acabam de falar, eles é que vão entrando.
- Lúcia, Alice, este é Brunini, o roteirista da ANIMAR.
Brunini era um homem magro, olhar esperto, atencioso e muito ágil nos movimentos e nas palavras. Resumindo, uma pessoa agradável.
O almoço transcorreu num clima cordial e alegre.
- Seu José gostaria de ver a Lolla. Já que vamos ficar tanto tempo juntos, a primeira coisa que desejo satisfazer é a curiosidade de conhecê-la.
Sem se preocupar com nada, Lolla estava de papo com seus amigos e ao mesmo tempo saboreando uma grama vem verdinha, cheia de folhas tenras.
- Então aquela é que vai ser a estrela? Ela é diferente das outras ovelhas.
- É a Lolla pertence à raça merina australiana, mas com pequenas modificações genéticas. Comprei-a numa feira internacional de animais raros. Ela era o único exemplar da espécie na exposição. Agora temos também o macho da sua raça para fazer um rebanho da melhor estirpe.
- Eu não entendo nada de ovelhas, me considero um bom roteirista, por isso me desafiei quando pediram para eu escrever sobre Lolla. Já vi que vou aprender muito, quem sabe até eu fique “expert” em ovelha? Espera ai, estou vendo bem, ela tem uma pele de raposa no pescoço?
- Há! Há! Há! Essa é uma das características da personalidade da Lolla.
- Ela é excêntrica?
- Não é bem assim, excêntrica, eu digo que ela é... Bem, especial. Ela é única!
Voltando pra fazenda depois desta pequena inspeção, Seu José, Brunini e Alice conversam sobre as acomodações para o trabalho. Oferecem o computador ao roteirista, mas ele diz que trouxe sua ferramenta de trabalho, um “lap top” de última geração, com o qual ele poderia conectar fácil, fácil pela internet, com a ANIMAR.
- Você, não está pensando em começar a trabalhar hoje! Está? - fala Seu José.
- Pôxa, você chegou hoje, não é melhor descansar e trocarmos idéias? – fala Alice.
- Então me fale sobre a Lolla. - corta Brunini.
- “Huumm! Qual é a desse cara?” - pensa Alice.
Continua amanhã...
- Hoje é dia 10, o que lembra dia 10? Ora, faça um esforço? - pergunta Alice para uma Lolla totalmente distraída.
- Sei lá, Alice, com certeza não é dia de tosa porque Seu Aníbal esteve aqui há pouco tempo, é só olhar o tamanho de minha lã.
- Sua bobinha, hoje chega o roteirista que passará uma temporada conosco para escrever sobre você, se esqueceu?
- É verdade mesmo, não é brincadeira?
- É sério. Seríssimo, quando virar filme você vai para a galeria da fama junto do Babe, o porquinho; Stuart Little, o ratinho, Willy, a baleia, Garfild...
- Chega! Volta a Terra Alice.
- Pôxa Lolla, você nem deixou eu sonhar. Vamos almoçar lá na mamãe, assim não perderemos tempo quando ele chegar.
- É, gosto muito mais das pastagens do que essas coisas que você chama de ração balanceada. Pelo menos posso observar as formigas, dar oi para a Pardaloca, minha amiguinha de penas.
- Você tem amiga chamada Pardaloca? Que horror!
- Pardaloca é a fêmea do pardal. Ela estava procurando lugar para fazer ninho, aí me contou sua vida. Quer ouvir?
- Não sei o que pode ser interessante na vida de um pardal, mas conte.
- Pardaloca morou na cidade, ela é uma passarinha urbana. Adora barulho, observar gente passando, carros e ônibus aos montes. Um dia seu relógio biológico começou a tocar. Estava precisando formar família. Conheceu um pardal que lhe interessou. Construíram um ninho numa árvore na avenida mais barulhenta da cidade. Ela pôs os ovinhos, e um dia, sem mais nem menos, quando voltou de uma saída para espichar as pernas e balançar as penas, os homens dos Parques e Jardins tinham cortado o galho da árvore onde estava seu ninho. Seus futuros filhotinhos nunca nasceram. O pardal deu um jeito de convencer Pardaloca de morar no campo. Ela está muito feliz porque encontrou uma árvore robusta e frondosa para morar, bem aqui na nossa fazenda. E eu, fiz amizade com ela.
- Lolla, você me impressiona mais e mais a cada dia! Bem, fique por aí que eu vou almoçar.
Chegando a casa, sua mãe vai dizendo que seu pai foi buscar o roteirista na cidade e que logo estariam para o almoço. Quando acabam de falar, eles é que vão entrando.
- Lúcia, Alice, este é Brunini, o roteirista da ANIMAR.
Brunini era um homem magro, olhar esperto, atencioso e muito ágil nos movimentos e nas palavras. Resumindo, uma pessoa agradável.
O almoço transcorreu num clima cordial e alegre.
- Seu José gostaria de ver a Lolla. Já que vamos ficar tanto tempo juntos, a primeira coisa que desejo satisfazer é a curiosidade de conhecê-la.
Sem se preocupar com nada, Lolla estava de papo com seus amigos e ao mesmo tempo saboreando uma grama vem verdinha, cheia de folhas tenras.
- Então aquela é que vai ser a estrela? Ela é diferente das outras ovelhas.
- É a Lolla pertence à raça merina australiana, mas com pequenas modificações genéticas. Comprei-a numa feira internacional de animais raros. Ela era o único exemplar da espécie na exposição. Agora temos também o macho da sua raça para fazer um rebanho da melhor estirpe.
- Eu não entendo nada de ovelhas, me considero um bom roteirista, por isso me desafiei quando pediram para eu escrever sobre Lolla. Já vi que vou aprender muito, quem sabe até eu fique “expert” em ovelha? Espera ai, estou vendo bem, ela tem uma pele de raposa no pescoço?
- Há! Há! Há! Essa é uma das características da personalidade da Lolla.
- Ela é excêntrica?
- Não é bem assim, excêntrica, eu digo que ela é... Bem, especial. Ela é única!
Voltando pra fazenda depois desta pequena inspeção, Seu José, Brunini e Alice conversam sobre as acomodações para o trabalho. Oferecem o computador ao roteirista, mas ele diz que trouxe sua ferramenta de trabalho, um “lap top” de última geração, com o qual ele poderia conectar fácil, fácil pela internet, com a ANIMAR.
- Você, não está pensando em começar a trabalhar hoje! Está? - fala Seu José.
- Pôxa, você chegou hoje, não é melhor descansar e trocarmos idéias? – fala Alice.
- Então me fale sobre a Lolla. - corta Brunini.
- “Huumm! Qual é a desse cara?” - pensa Alice.
Continua amanhã...