A GRANDE AVENTURA

A Grande Aventura

Eu já estava dormindo quando, de repente, alguém gritou:

- Um rato!

Nossa! Que barulho! Já passava das dez horas da noite e uma enorme correria dentro de casa. Eu tinha apenas cinco anos.

Corri meio que sonolento em direção ao barulho e era na cozinha.

Minha mãe estava sobre a cadeira gritando de medo. Minha avó, mais corajosa, corria atrás do bichinho com uma vassoura. Meu pai não desgrudou os olhos da televisão. Não estava nem aí.

E eu pequenininho, não pensei duas vezes. Terminei de acordar correndo atrás do rato.

Que festa!

Ninguém alcançava o danado. Era muito rápido. Até que minha avó acertou o bicho com a vassoura.

Agora sim...

Todo mundo em paz. O ratinho lá, estendido no chão, minha mãe na dúvida, continuou sobre a cadeira. Eu, bem pertinho do bichinho, de cócoras, morrendo de pena.

Resolvi tocar com o dedo no bichinho. Foi então que me senti um verdadeiro mágico.

Em pânico, o danado acordou e saiu correndo. Estava vivinho e a festa começou novamente.

Que noite! E nem pegamos o bichinho. Mas também, depois dessa, ele nunca mais voltou.

Sergio Prado

texto do livro "Meninas e Meninos, 2006

Editora Topázio- Araras/SP

Sérgio Prado
Enviado por Sérgio Prado em 17/06/2016
Código do texto: T5670533
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