A raposa e o galinheiro

A raposa e o galinheiro

Naquele bucólico lugar

Morava uma ladina raposa

E mal despontava o luar

Ia pegar a *penosa

O dono do galinheiro

Sofria duros ataques

Nem seu cachorro **alveiro

Evitava tantos saques

Assim, via dizimado

Dia a dia o galinheiro

Até que seu empregado

Resolveu por um paradeiro

Engendrou cobrir-se de plumas,

Pra ficar igual galinha

À noite esperou a chegada

Dessa tal de libertina,

Adentrar ao galinheiro

E fingindo-se galinha

Esperou, lá no poleiro

A pegadora de galinha

Quando ela ali entrou

Deu-lhe tremenda paulada

Que ganindo se queixou,

Ficou de perna quebrada

Desse dia em diante

Nunca mais ali voltou,

Dando paz ao sitiante

Que seu empregado ajudou !

*galinha

**de cor branca

São Paulo, 11/06/2016 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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