(16/40) Uma questãode ótica
Dr. Jorge consulta o carneiro australiano, Rod Mel.
- Ele está gozando de perfeita saúde. É um tremendo exemplar, só vi igual em livro de medicina veterinária. - comenta o Dr. Jorge com Seu José
- Foi um ótimo investimento, e ainda mais para cruzar com nossa Lolla.
Ao se despedir, Dr. Jorge ouve um berrar muito insistente de uma ovelha que se afasta do rebanho para vir em sua direção. Ele pára, pois como um bom veterinário, quer saber o que está acontecendo.
- Ih! É a Lolô. - reconhece Lolla.
- Meeeeeeeé! - ofegante a ovelha começa a reclamar - Uff... Uff... Uff... Dr. Jorge... Eu... Estou... Ficando... Obeeeeesa... Tem alguma coisa... Errada... Comigo..., eu não era... Aaaaassimm. Estou... Ficando uma bolinha.
- E, realmente você está muito fofinha, o que tem comido de diferente?
-Como, o que sempre comi? Igual a comida de todos no rebanho.
- Vou pedir que o Mose fique lhe observando, na próxima visita trarei uma dieta pra você. Enquanto isso o cão Tor pode correr atrás de você para lhe obrigar a fazer exercício.
- Meé. Desse jeito posso morrer!
- Pense nisso, fazendo assim você pode conquistar Beto, o carneiro. - diz Lolla com intenção de ajudar.
-Como você sabia que eu gostava dele?
- Ora Lolô, só não via quem não queria. Comece agora o exercício, vamos ver o crepúsculo lá da colina. - fala Lolla toda animada.
O grupinho segue animado para a colina e, de vez em quando Lolla olhava sorrateiramente para Rod Mel e mentalmente agradecia a Deus. Mose, o pastor, Jocilei e as ovelhas chegam lá e encontram Beto, o carneiro, que já estava esperando. A primeira impressão de Beto, o carneiro ao ver Rod Mel, é de ciúme.
Há tempos não se via um pôr do sol tão colorido e brilhante. Provavelmente era porque o amor estava no ar.
O sol se pôs, ora de ouvir histórias com o Jocilei.
- No livro de Lucas, da bíblia, no capítulo 12, versículo 2 diz assim: “mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto que não haja de ser sabido.” Um dia, uma menina recebeu de sua avó a promessa de que quando ela morresse deixaria uma jóia preciosa para ela. A avó morreu e a jóia desapareceu. Criou-se um tremendo mal estar na família, pois ficou a dúvida: quem poderia ter apanhado a jóia da avó? Caiu a suspeita sobre uma pessoa que tinha o mau hábito de tomar dos outros o que não lhe pertencia.
Os anos se passaram. Um dia, a menina já adulta vê a jóia na mão de uma tia que estava no leito de morte.
- Esta jóia me pertence por herança, por que está na sua mão? Deixou que pensássemos mal de uma pessoa inocente. - cheia de vergonha a tia entrega à sobrinha a jóia que lhe era de direito. Moral da história: a verdade sempre prevalecerá, não importa quanto tempo leve para vir à tona.
- Que interessante, na Austrália também tínhamos um contador de histórias. Eu vou contar um acontecimento da minha terra...
- Vai, tio Rod, conte uma história. - interrompe Cida, a ovelinha.
““... na fazenda onde eu morava, o rebanho pastava próximo de umas árvores quando, de repente caiu um coala em cima de uma ovelha; para não cair no chão, agarrou-se ao pescoço dela e lá ficou grudado. A ovelha esperneou e começou a dizer:
- Saia do meu cangote!
O coala timidamente pede:
- Posso ficar com você? Não tenho mãe. - O bichinho era tão meiguinho que a ovelha aceitou o “hóspede” e o rebanho aprovou. Eles passaram a ser mascotes da fazenda. Estou contando essa estória porque vi o casaco de pele de raposa que Lolla usa e logo me veio essa lembrança.
Jocilei interrompe dizendo:
- Está escurecendo, vamos descer, é hora de se recolher.
O grupo chega ao curral em silêncio. Jocilei e Mose se despedem:
- Boa noite!
Cada um no seu canto faz planos para o dia seguinte.
Continua amanhã...
Dr. Jorge consulta o carneiro australiano, Rod Mel.
- Ele está gozando de perfeita saúde. É um tremendo exemplar, só vi igual em livro de medicina veterinária. - comenta o Dr. Jorge com Seu José
- Foi um ótimo investimento, e ainda mais para cruzar com nossa Lolla.
Ao se despedir, Dr. Jorge ouve um berrar muito insistente de uma ovelha que se afasta do rebanho para vir em sua direção. Ele pára, pois como um bom veterinário, quer saber o que está acontecendo.
- Ih! É a Lolô. - reconhece Lolla.
- Meeeeeeeé! - ofegante a ovelha começa a reclamar - Uff... Uff... Uff... Dr. Jorge... Eu... Estou... Ficando... Obeeeeesa... Tem alguma coisa... Errada... Comigo..., eu não era... Aaaaassimm. Estou... Ficando uma bolinha.
- E, realmente você está muito fofinha, o que tem comido de diferente?
-Como, o que sempre comi? Igual a comida de todos no rebanho.
- Vou pedir que o Mose fique lhe observando, na próxima visita trarei uma dieta pra você. Enquanto isso o cão Tor pode correr atrás de você para lhe obrigar a fazer exercício.
- Meé. Desse jeito posso morrer!
- Pense nisso, fazendo assim você pode conquistar Beto, o carneiro. - diz Lolla com intenção de ajudar.
-Como você sabia que eu gostava dele?
- Ora Lolô, só não via quem não queria. Comece agora o exercício, vamos ver o crepúsculo lá da colina. - fala Lolla toda animada.
O grupinho segue animado para a colina e, de vez em quando Lolla olhava sorrateiramente para Rod Mel e mentalmente agradecia a Deus. Mose, o pastor, Jocilei e as ovelhas chegam lá e encontram Beto, o carneiro, que já estava esperando. A primeira impressão de Beto, o carneiro ao ver Rod Mel, é de ciúme.
Há tempos não se via um pôr do sol tão colorido e brilhante. Provavelmente era porque o amor estava no ar.
O sol se pôs, ora de ouvir histórias com o Jocilei.
- No livro de Lucas, da bíblia, no capítulo 12, versículo 2 diz assim: “mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto que não haja de ser sabido.” Um dia, uma menina recebeu de sua avó a promessa de que quando ela morresse deixaria uma jóia preciosa para ela. A avó morreu e a jóia desapareceu. Criou-se um tremendo mal estar na família, pois ficou a dúvida: quem poderia ter apanhado a jóia da avó? Caiu a suspeita sobre uma pessoa que tinha o mau hábito de tomar dos outros o que não lhe pertencia.
Os anos se passaram. Um dia, a menina já adulta vê a jóia na mão de uma tia que estava no leito de morte.
- Esta jóia me pertence por herança, por que está na sua mão? Deixou que pensássemos mal de uma pessoa inocente. - cheia de vergonha a tia entrega à sobrinha a jóia que lhe era de direito. Moral da história: a verdade sempre prevalecerá, não importa quanto tempo leve para vir à tona.
- Que interessante, na Austrália também tínhamos um contador de histórias. Eu vou contar um acontecimento da minha terra...
- Vai, tio Rod, conte uma história. - interrompe Cida, a ovelinha.
““... na fazenda onde eu morava, o rebanho pastava próximo de umas árvores quando, de repente caiu um coala em cima de uma ovelha; para não cair no chão, agarrou-se ao pescoço dela e lá ficou grudado. A ovelha esperneou e começou a dizer:
- Saia do meu cangote!
O coala timidamente pede:
- Posso ficar com você? Não tenho mãe. - O bichinho era tão meiguinho que a ovelha aceitou o “hóspede” e o rebanho aprovou. Eles passaram a ser mascotes da fazenda. Estou contando essa estória porque vi o casaco de pele de raposa que Lolla usa e logo me veio essa lembrança.
Jocilei interrompe dizendo:
- Está escurecendo, vamos descer, é hora de se recolher.
O grupo chega ao curral em silêncio. Jocilei e Mose se despedem:
- Boa noite!
Cada um no seu canto faz planos para o dia seguinte.
Continua amanhã...