PASSEIO DAS CABRAS E BODES
Era um dia de quarta-feira. Na fazenda de Seu Joca e Dona Dedé, nós os bodes e as cabras, ficávamos pelo campo a comer nosso capim e a passear pelo verde daquele local cheio de árvores frutíferas. Tínhamos como companhia galinhas, gansos, patos, passarinhos, abelhas, vacas, bois e bezerros e muitas formigas. Brincávamos felizes correndo prá lá e prá cá, às vezes dando pequenas chifradas uns nos outros.
Mas naquele dia tudo estava diferente. Seu Joca aprumou o caminhão e se dirigiu para nós e mandou que subíssemos na carroceria. Fomos subindo um a um sem saber de nada. Íamos felizes para um passeio de carro, fazer algo diferente do todo dia. Todos prontos a grade fechou e lá fomos nós em pé em cima do caminhão. E lá ficamos balançando e equilibrando felizes da vida em uma nova aventura. Brincávamos, ríamos e falávamos sem parar, aproveitando ao máximo aquele momento.
Os carros passavam a nossa volta e quando dava para enxergar esticávamos o pescoço para ver o que estava passando. Às vezes quase caímos, mas equilibrávamos. Veio a chuva, ficamos molhados e com frio. E o carro andando, andando, já estávamos ficando cansados.
O sol já estava se pondo quando chegamos à nova morada. O passeio havia terminado. O lugar era frio e escuro. Seu Joca abriu a carroceria e fomos saindo tristes e assustados. E, de repente as luzes se acenderam, havia uma festa nos esperando...