(7/40) A Herdeira
-Beto corre aqui, um animalzinho entrou no meu focinho. - grita Lolla para seu fiel amigo.
-Que foi? Deixa eu lamber para ver se sai. Que andou fazendo para que isso acontecesse? - pergunta Beto, o carneiro, vendo a abelhinha já caída no chão.
-Acho que fui picada, está ardendo.
-Você anda tão esquisita, parece que vive nas nuvens. Agora você fica mais sozinha do que comigo.
-Sem essa de ciumeira, gosto de observar as coisas, as pessoas, o tempo e porque você gosta de mim, não significa que vou colar em você. - vai logo respondendo Lolla.
Nisso, vem um grupo de pessoas com filmadoras, máquinas fotográficas, gravadores, na direção de onde estavam Lolla e Beto.
-Meu Deus! Será que sou tão rara assim. - comenta Lolla para Beto.
-Deixa de ser vaidosa, devem estar fazendo alguma reportagem rural.
-É gente demais para uma reportagem, e aqui não é como a fazenda da Sueli que tem uma poção de coisas bonitas!
-Como você sabe se nunca foi lá?
-Quem disse que nunca fui? Uma porção de vezes ela passava por aqui, me pegava para dar uma volta com ela. Só que ela não deixava ninguém ver. Senão, ela dizia, teria de dar muita explicação. - foi revelando Lolla.
Click. Click. Click. Faziam as máquinas para registrar o cenário ao derredor e depois clicks da Lolla sob todos os ângulos.
Burburinho.
-“Vira pra cá ovelhinha”. “Dê uma volta”. “Vá andando, faça de conta que não estamos aqui, fique bem solta e à vontade...”.
-O que está se passando?! - pergunta Lolla assustada.
Depois de muito filmar, fotografar, aquele bando maluco vai embora assim como chegou, rapidinho.
Ninguém deu bola para as indagações de Lolla, por causa disso, lá foi ela caminhando para a casa da fazenda a fim de satisfações. Mal foi chegando, nem mesmo foi preciso berrar, veio toda família ao seu encontro.
-Lolla, nossa famosa ovelha, - foi logo falando Seu José - você é mesmo especial!
-Tem alguma coisa errada.
-Não tem nada errado, pelo contrário, está tudo certo, certíssimo! Queremos o melhor para você. De hoje em diante você vai morar aqui na casa. Será nossa ovelha de estimação!
-Por quê??? Ovelhas não moram em casas, elas vivem nos apriscos e nos pastos. - fala a intrigada Lolla.
-Então vamos providenciar um local adequado para você aqui do lado da casa, não podemos nos separar nem um instante.
-E meu amigo Beto? E meu rebanho?
-Fique tranqüila, você pode fazer o que quiser ir onde quiser.
-Até dar uma chegada na fazenda da Sueli? - indaga Lolla para Seu José.
Silêncio.
Como explicar para aquela bichinha que o motivo de tudo ter mudado é que Sueli morreu e que tudo que lhe pertencia agora é dela, Lolla, inclusive a fazenda. O telefone não para de tocar, mal desliga já esta chamando. Lolla ouve uma conversa de onde saem palavras como: advogado, testamento...
-Vamos contar pra ela, sim. Boa tarde. - finaliza Seu José com o telefone na mão e olhando pensativo para Lolla.
Mais um carro estaciona na porta da casa. É Alice, filha de Seu José.
-Quando fiquei sabendo corri logo pra cá. - vai falando ofegante - Pai, eu posso ser a tutora dela, estou desempregada...
-Você está desempregada? Que história é essa, por que não falou comigo?
-Muita gente foi mandada embora por contenção de despesas e eu fui junto. Mas não vem ao caso, a história agora é outra. Meu aluguel, também está sem pagar, é um bom motivo para entregar o apartamento, só assim volto a morar aqui, ou melhor, na fazenda da Sueli...
-O QUÊ? - berra alto Lolla - que tem Alice a ver com Sueli?
Todos ficam espantados, não sabem como começar a contar a verdade pra Lolla. Ninguém tem idéia da sua reação.
-Lolla, você é a herdeira de toda a fortuna de Sueli, você é a ovelha mais rica que já existiu. - fala finalmente Seu José se sentindo aliviado.
-MINHA AMIGA SUELI MORREU?!
Espanto geral.
Lolla sai correndo em disparada para o campo. Está chocada. Como podem?... Olha para o céu que apresenta as lindas cores do entardecer, e, com lágrimas descendo dos olhos murmura:
-Oi Sueli!
Continua amanhã...
-Beto corre aqui, um animalzinho entrou no meu focinho. - grita Lolla para seu fiel amigo.
-Que foi? Deixa eu lamber para ver se sai. Que andou fazendo para que isso acontecesse? - pergunta Beto, o carneiro, vendo a abelhinha já caída no chão.
-Acho que fui picada, está ardendo.
-Você anda tão esquisita, parece que vive nas nuvens. Agora você fica mais sozinha do que comigo.
-Sem essa de ciumeira, gosto de observar as coisas, as pessoas, o tempo e porque você gosta de mim, não significa que vou colar em você. - vai logo respondendo Lolla.
Nisso, vem um grupo de pessoas com filmadoras, máquinas fotográficas, gravadores, na direção de onde estavam Lolla e Beto.
-Meu Deus! Será que sou tão rara assim. - comenta Lolla para Beto.
-Deixa de ser vaidosa, devem estar fazendo alguma reportagem rural.
-É gente demais para uma reportagem, e aqui não é como a fazenda da Sueli que tem uma poção de coisas bonitas!
-Como você sabe se nunca foi lá?
-Quem disse que nunca fui? Uma porção de vezes ela passava por aqui, me pegava para dar uma volta com ela. Só que ela não deixava ninguém ver. Senão, ela dizia, teria de dar muita explicação. - foi revelando Lolla.
Click. Click. Click. Faziam as máquinas para registrar o cenário ao derredor e depois clicks da Lolla sob todos os ângulos.
Burburinho.
-“Vira pra cá ovelhinha”. “Dê uma volta”. “Vá andando, faça de conta que não estamos aqui, fique bem solta e à vontade...”.
-O que está se passando?! - pergunta Lolla assustada.
Depois de muito filmar, fotografar, aquele bando maluco vai embora assim como chegou, rapidinho.
Ninguém deu bola para as indagações de Lolla, por causa disso, lá foi ela caminhando para a casa da fazenda a fim de satisfações. Mal foi chegando, nem mesmo foi preciso berrar, veio toda família ao seu encontro.
-Lolla, nossa famosa ovelha, - foi logo falando Seu José - você é mesmo especial!
-Tem alguma coisa errada.
-Não tem nada errado, pelo contrário, está tudo certo, certíssimo! Queremos o melhor para você. De hoje em diante você vai morar aqui na casa. Será nossa ovelha de estimação!
-Por quê??? Ovelhas não moram em casas, elas vivem nos apriscos e nos pastos. - fala a intrigada Lolla.
-Então vamos providenciar um local adequado para você aqui do lado da casa, não podemos nos separar nem um instante.
-E meu amigo Beto? E meu rebanho?
-Fique tranqüila, você pode fazer o que quiser ir onde quiser.
-Até dar uma chegada na fazenda da Sueli? - indaga Lolla para Seu José.
Silêncio.
Como explicar para aquela bichinha que o motivo de tudo ter mudado é que Sueli morreu e que tudo que lhe pertencia agora é dela, Lolla, inclusive a fazenda. O telefone não para de tocar, mal desliga já esta chamando. Lolla ouve uma conversa de onde saem palavras como: advogado, testamento...
-Vamos contar pra ela, sim. Boa tarde. - finaliza Seu José com o telefone na mão e olhando pensativo para Lolla.
Mais um carro estaciona na porta da casa. É Alice, filha de Seu José.
-Quando fiquei sabendo corri logo pra cá. - vai falando ofegante - Pai, eu posso ser a tutora dela, estou desempregada...
-Você está desempregada? Que história é essa, por que não falou comigo?
-Muita gente foi mandada embora por contenção de despesas e eu fui junto. Mas não vem ao caso, a história agora é outra. Meu aluguel, também está sem pagar, é um bom motivo para entregar o apartamento, só assim volto a morar aqui, ou melhor, na fazenda da Sueli...
-O QUÊ? - berra alto Lolla - que tem Alice a ver com Sueli?
Todos ficam espantados, não sabem como começar a contar a verdade pra Lolla. Ninguém tem idéia da sua reação.
-Lolla, você é a herdeira de toda a fortuna de Sueli, você é a ovelha mais rica que já existiu. - fala finalmente Seu José se sentindo aliviado.
-MINHA AMIGA SUELI MORREU?!
Espanto geral.
Lolla sai correndo em disparada para o campo. Está chocada. Como podem?... Olha para o céu que apresenta as lindas cores do entardecer, e, com lágrimas descendo dos olhos murmura:
-Oi Sueli!
Continua amanhã...