(6/40) Acabou o sossego
Beto, o carneiro, andava inquieto, precisava falar pra Lolla do seu amor.
-“Como vou me declarar? Quando chego perto dela fico com vergonha, ela me deixa todo sem graça com aquele jeito “sem papas na língua” e ao mesmo tempo tão meiguinho.” - pensava o carneiro.
Ao avistar Lolla vai ao encontro dela com o coração disparado.
-Pôxa, você está bonita! Quando sua lã cresce você fica charmosíssima, nem precisava desse casaco de pele!
-Obrigada! Você sempre gentil.
-Lolla, eu estou apaixonado por você! Pronto, consegui falar!
Silêncio.
Sem saber o que dizer para não magoá-lo, Lolla tenta explicar-lhe que, por ser uma ovelha diferente, só poderá se relacionar com outro da mesma espécie.
-Você é meu melhor amigo, e pra sempre. Tenho você como um irmão.
-Quero mais que isso. - diz todo sentido, Beto, o carneiro.
-Irmão é algo precioso, profundo, de sangue, entranhas mesmo. Quando digo que você é meu irmão estou dizendo que goza de minha intimidade. Além do mais, Seu José mandou vir da Austrália um carneiro para começar uma família comigo. Deve chegar qualquer dia desses. - falava Lolla já empolgada mudando de assunto.
-Vamos curtir a vida que ela é curta! - dá uma cabeçada de leve no seu amigo carneiro e caminham em direção dos outros e vê Rubenita com a cria.
-Meeeé! Com vai Rubenita, que nome deu para sua filhotinha?
-Meeé! Cida.
-Taí gostei! Meé pra você Cida. - se despede Lolla da família.
-Mãe, por que ela é diferente? - pergunta Cida a Rubenita.
-Querida, ela é especial!
No pasto, sentados num tronco, estão Mose, o pastor; Jocilei, o homem das histórias e outros, numa cantoria bem gostosa.
É, o tempo na fazenda demora a passar!
Ao longe, surge uma nuvem de poeira. Carros. Muitos carros. E, estão vindo para a fazenda... Será que a Sueli vai dar mais uma daquelas festas! Como não chove faz um tempo, a poeira levantada vai sujar a lã das ovelhas; logo às vésperas da tosadura?
Os carros param na porteira da fazenda e buzinam. Jocilei monta o cavalo e vai ver o que é. Conversam um pouco e logo Jocilei dispara para falar com Seu José que já esta na varanda.
-Patrão é a Televisão, o Jornal... Todo mundo que falar com o senhor!
-Deve ser engano, gente famosa aqui é a Sueli!
-É verdade!
-Vai, mande-os entrarem!
Seis carros estacionam na porta da casa. Homens, mulheres, câmeras, equipamentos...
-Hei! Primeiro quero saber o motivo.
-O senhor ainda não sabe? - vai falando o jornalista da TV.
-Sei de que?
-Sueli Megahinne morreu de ataque cardíaco e... Deixou toda sua herança para uma ovelha de sua propriedade chamada Lolla.
Quem quase teve um ataque cardíaco foi Seu José bem em frente às câmeras de televisão.
-Foi uma surpresa pra todos, não só a morte dela quanto para quem ela decidiu deixar a herança. Disseram que a ovelha era sua melhor amiga, a princípio pensamos que se tratava de uma pessoa, depois vimos uma foto dela com a ovelha, aí... o senhor sabe.
Enquanto isso, lá no pasto, Lolla pensava em seu pretendente australiano.
Continua amanhã...
Beto, o carneiro, andava inquieto, precisava falar pra Lolla do seu amor.
-“Como vou me declarar? Quando chego perto dela fico com vergonha, ela me deixa todo sem graça com aquele jeito “sem papas na língua” e ao mesmo tempo tão meiguinho.” - pensava o carneiro.
Ao avistar Lolla vai ao encontro dela com o coração disparado.
-Pôxa, você está bonita! Quando sua lã cresce você fica charmosíssima, nem precisava desse casaco de pele!
-Obrigada! Você sempre gentil.
-Lolla, eu estou apaixonado por você! Pronto, consegui falar!
Silêncio.
Sem saber o que dizer para não magoá-lo, Lolla tenta explicar-lhe que, por ser uma ovelha diferente, só poderá se relacionar com outro da mesma espécie.
-Você é meu melhor amigo, e pra sempre. Tenho você como um irmão.
-Quero mais que isso. - diz todo sentido, Beto, o carneiro.
-Irmão é algo precioso, profundo, de sangue, entranhas mesmo. Quando digo que você é meu irmão estou dizendo que goza de minha intimidade. Além do mais, Seu José mandou vir da Austrália um carneiro para começar uma família comigo. Deve chegar qualquer dia desses. - falava Lolla já empolgada mudando de assunto.
-Vamos curtir a vida que ela é curta! - dá uma cabeçada de leve no seu amigo carneiro e caminham em direção dos outros e vê Rubenita com a cria.
-Meeeé! Com vai Rubenita, que nome deu para sua filhotinha?
-Meeé! Cida.
-Taí gostei! Meé pra você Cida. - se despede Lolla da família.
-Mãe, por que ela é diferente? - pergunta Cida a Rubenita.
-Querida, ela é especial!
No pasto, sentados num tronco, estão Mose, o pastor; Jocilei, o homem das histórias e outros, numa cantoria bem gostosa.
É, o tempo na fazenda demora a passar!
Ao longe, surge uma nuvem de poeira. Carros. Muitos carros. E, estão vindo para a fazenda... Será que a Sueli vai dar mais uma daquelas festas! Como não chove faz um tempo, a poeira levantada vai sujar a lã das ovelhas; logo às vésperas da tosadura?
Os carros param na porteira da fazenda e buzinam. Jocilei monta o cavalo e vai ver o que é. Conversam um pouco e logo Jocilei dispara para falar com Seu José que já esta na varanda.
-Patrão é a Televisão, o Jornal... Todo mundo que falar com o senhor!
-Deve ser engano, gente famosa aqui é a Sueli!
-É verdade!
-Vai, mande-os entrarem!
Seis carros estacionam na porta da casa. Homens, mulheres, câmeras, equipamentos...
-Hei! Primeiro quero saber o motivo.
-O senhor ainda não sabe? - vai falando o jornalista da TV.
-Sei de que?
-Sueli Megahinne morreu de ataque cardíaco e... Deixou toda sua herança para uma ovelha de sua propriedade chamada Lolla.
Quem quase teve um ataque cardíaco foi Seu José bem em frente às câmeras de televisão.
-Foi uma surpresa pra todos, não só a morte dela quanto para quem ela decidiu deixar a herança. Disseram que a ovelha era sua melhor amiga, a princípio pensamos que se tratava de uma pessoa, depois vimos uma foto dela com a ovelha, aí... o senhor sabe.
Enquanto isso, lá no pasto, Lolla pensava em seu pretendente australiano.
Continua amanhã...