'Sapinha'
De olhinhos esbugalhados,
E língua de longo alcance,
Trejeitos desengonçados,
Mosquito não tem chance.
Seria a sapa ou a perereca?
Pula, pula, na noite sombria.
Tez malacafenta tira soneca
Sob o sol, na pedra, a tal jia.
Teria príncipe, seria o sapo?
Ou isso é só conto de fada?
Coacha, não entendo nada.
Dedo longo nada de guapo.
E esguicha veneno a tal vilã.
Muitos a chamam assim: rã.
Uberlândia MG
Soneto infiel – sem métrica
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