O pé de feijão, o gafanhoto e o sapo

O pé de feijão, o gafanhoto e o sapo

Um pé de feijão, depois de se enroscar numa cerca, cresceu mais e floresceu. Suas flores de um lilás claro passaram a ser a atenção de abelhas e borboletas.

_ Deixe-me ficar por aqui um pouco... _falou um gafanhoto.

A plantinha não teve como não permitir que o gafanhoto se alimentasse de suas folhas e começou, assim, a se sentir fraca e sem forças.

E se olhava quando o vento mexia suas flores, esperando que aquele inseto fosse embora...

Mas o gafanhoto, como estava se alimentando, ficou por ali um bom tempo de pernas acocoradas dando grandes saltos e, desse modo, escolhia as folhas que queria comer. Haveria lugar melhor para um inseto morar? E ele abria a boca e comia folhas e folhas verdinhas, até as úmidas de orvalho logo de manhazinha.

Nhoc! Foi o som que se ouviu de um sapo engolindo o gafanhoto.

Os olhos verde-alaranjados do sapo brilharam de satisfação pelo prazer de comer um gafanhoto gordinho.

A plantinha estava, então, livre do gafanhoto e pôde crescer novamente. Suas ramas, sobre a cerca, desceram para o chão e se espalharam na roça.

As borboletas voltaram a andar por lá e, docemente, visitavam as flores, brincando com suas pétalas.

_Uau! Que mais e mais insetos passaram a admirar as ramas do pé de feijão, as folhas verdinhas, as flores e as favas que brotaram.

O sapo, sempre a pular ali por perto, mas voltando para o chão úmido das ramas do pé feijão. Ele vivia bem - comia vários animais, como: formigas, lagartas e borboletas.

Além de comer alguns besouros também, ele crescia debaixo do pé do feijão. Porém os dias iam e vinham e numa tarde de muito sol ele falou:

_ Mas que dia quente e seco! _ E foi procurar outro lugar mais úmido para morar.

Assim é a natureza: seus elementos se relacionam entre si e, enquanto é favorável para alguns, ficam num lugar; depois, pela própria necessidade de sobrevivência, mudam-se em busca de novos alimentos e de um lugar mais adequado para morar.

Teresa Cristina flordecaju
Enviado por Teresa Cristina flordecaju em 17/04/2015
Reeditado em 14/06/2015
Código do texto: T5210918
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