Enrico
Enrico
maria da graça almeida
Enrico engatinha,
faz dengo, gracinhas.
Na boca careca,
um riso sapeca.
Seus olhos, da bola,
não mais se descolam.
Da esfera que rola,
então se enamora.
Mas, quando bem perto,
se um vento esperto,
além das mãozinhas,
empurra a bolinha,
tão forte, o desgosto
colore-lhe o rosto
e um bico choroso
no lábio é posto.