Sempre Cisão...?
O Cisão foi o maior de nós. Grandeza atroz. E, no entanto, sempre chão, por inteiro, aquele fiel companheiro. Singelo nas idéias, num reflexo de suas lides escolares, brilhava mesmo era nos folgares.
Nossa turma era bem diversa, por vezes concentrada, noutras, dispersa, mas com o Cisão tudo se condizia e se conduzia na boa conversa - de que se fazia sempre melhor como atento ouvinte.
Não me ocorre que ele tenha brigado no ardor dalguma peleja de futebol, trapaceado nalgum prélio de buraco desses que iam noite adentro até o arrebol, ou desafinado numa serenata cantada em si-bemol. Era o companheiro de escol.
E veio a inevitável diáspora da pós-adolescência, cada um na persecução de sua melhor ponência. Cisão, por ofício e vício, não se afastou muito dos seus próximos. Nossos encontros é que foram raleando, como os pêlos que se mostram no antes das propagandas dos miragulosos tônicos capilares. Mas tou por sempre por um fio de cabelo de revê-lo. Cisão, que nunca se impacienta, do alto de seu metro e noventa...