As florezinhas e o nascer do sol

Era início de uma manhã de abril quando duas florezinhas do quintal bem debaixo de um cajueiro decidiram acordar cedo para poder ver o sol nascer. As duas se ergueram bem juntinhas e com suas cores azuis, que eram típicas de flores silvestres no Cerrado.

Uma delas disse logo que acordou:

_ O sol deve ser amarelo-ouro como a cor do céu antes do anoitecer.

_ Sim, sim! _ disse a outra com muita animação _ E deve ter muito brilho, como um dia de folia...

A primeira logo completou:

_ Nós vamos pular e gritar de tão belo que vai o momento!

_ Eh! Viva! _ gritou a outra.

E de repente, o sol surgiu... verde-azulado!

As duas florezinhas ficaram mudas de espanto.

Não era amarelo? Que coisa, hem?

A decepção foi grande, mas foi só por um instante. Logo bons pensamentos vieram, pois no meio da mata tudo era verde e suas próprias pétalas eram azuis. Sim, azuis!

Ah, que elas se sentiram o próprio sol mesmo presas no galho.

E experimentaram o brilho luminoso por todo o dia... Até que foram dormir para mais um dia de descobertas.

Teresa Cristina flordecaju
Enviado por Teresa Cristina flordecaju em 05/04/2015
Reeditado em 05/04/2015
Código do texto: T5195788
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