As florezinhas e o nascer do sol
Era início de uma manhã de abril quando duas florezinhas do quintal bem debaixo de um cajueiro decidiram acordar cedo para poder ver o sol nascer. As duas se ergueram bem juntinhas e com suas cores azuis, que eram típicas de flores silvestres no Cerrado.
Uma delas disse logo que acordou:
_ O sol deve ser amarelo-ouro como a cor do céu antes do anoitecer.
_ Sim, sim! _ disse a outra com muita animação _ E deve ter muito brilho, como um dia de folia...
A primeira logo completou:
_ Nós vamos pular e gritar de tão belo que vai o momento!
_ Eh! Viva! _ gritou a outra.
E de repente, o sol surgiu... verde-azulado!
As duas florezinhas ficaram mudas de espanto.
Não era amarelo? Que coisa, hem?
A decepção foi grande, mas foi só por um instante. Logo bons pensamentos vieram, pois no meio da mata tudo era verde e suas próprias pétalas eram azuis. Sim, azuis!
Ah, que elas se sentiram o próprio sol mesmo presas no galho.
E experimentaram o brilho luminoso por todo o dia... Até que foram dormir para mais um dia de descobertas.