“Na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir”. (Hb 13.14.)
“A vida é uma ponte: atravesse-a, mas não fixe nela sua morada” (Santa Catarina de Sena).
ONS SERVIÇOS AO REINO: A IGREJA É NOSSAS MÃE E O PAI É DEUS. NUNCA NOS SINTAMOS DEIXADOS DE LADO. Pois, Deus como Pai e Mãe nos coloca do lado do seu coração em Jesus, nosso Irmão e Maria, nossa Mãezinha querida. Deus nos convida a ficar com Ele e amar de coração. O lado de Deus é dos pequenos e convertidos, dos que se não bastam a si: vão ao encontro de todos, especialmente os pobre... O cristão vai ao encontro do rico para anunciar e denunciar, antes de tudo amar e perdoar... Oremos por todos, rezemos por nossa conversão e pela conversão dos ricos, empresários, políticos, padrões, lojistas, policiais, "donos do poder"... O tráfico de humanos e animais ofende muito a Deus: clama ao céu por reparação e mudanças estruturais. Mas, as mudanças nas estruturas começa no coração.
Publicado em Reflexão Diária em 3 out 2014
4 out 2014 às 10:39 pm, José João Bosco Pereira Diz:
“Na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir”. (Hb 13.14.)
A grande questão é que o ser humano busca reconhecimento e morada que o projete sobre os outros. O poder é efêmero, mesmo que dure mais de 50 anos. Reis e morreram. Deixaram as pirâmides mortuárias no Egito e os astecas fizeram suas pirâmides em plena América, com sarcófagos e seus bens saqueados pelos séculos por curiosos, aventureiros e gananciosos. Hoje ainda há gente que sonha em ser famosa, rica e eterna. Ainda a ciência deu evidência para a longevidade; morremos todos por fim. Ninguém fica para semente, afirma um ditado popular. Jesus nos convida a crer nele e no Pai das moradas. Sim, a fé e a vida se projetam além do túmulo. Por isso, Jesus nos aponta no fim último consigo pela ressurreição da carne, mistérios da fé na morada celeste. Lá onde as lágrimas são consoladas e o homem e mulher, filhos e filhas de Deus, corpo e alma, transformados eternamente para o amor e o bem. A primeira morada é o pensamento de Deus que nos concebeu desde toda a eternidade, por isso o mesmo nos quer com Ele para sempre, felizes e realizados. A outra morada é o útero materno! Do Batismo à ressurreição, passamos da vida terrena à vida sobrenatural, finalmente. São alguns anos para uns, para outros, morrem-se no seio materno, outros logo após o nascimento. Outros vivem entre dores e misérias, outros são afortunados e coroados de bens e recursos. Nada é eterno aqui. O desafio de crer no além instiga a razão, que treme ante o desejo de eternidade e a não aceitação da morte como tal. A morte ameaça o sentido da vida. E alguns questionam porque viver se vamos morrer. Para que fazer o bem, se não há recompensa além… Outros apostam na metempsicose, doutrina segundo a qual vamos reencarnando até a total purificação. Outros do carma ao nirvana; somos engolidos no energizamento cósmico. Somos uma poeira do universo, uma palha agitada, um caniço esvoaçante, um peregrino buscando o Absoluto. Tudo é relativo aqui, absoluto só Deus. Ora, se tudo acaba no túmulo, não há sentido sofrer e viver. Se nos purificamos pela cíclica reencarnação, não há necessidade de mediador e salvador. Mas, não nos bastamos. Não somos auto-suficientes! Dois mil anos de cristianismo e o judaísmo com quatro mil testemunham o valor e a viabilidade da ressurreição. Cristo e São Paulo falam de uma transformação do corpo como o pé de trigo que morre e a planta de trigo é o símbolo da nova vida. Jesus afirma que a fé como uma ordem de saber diferente articula a razão a admitir o mistério do além e que somos convocados a ir em frente e além da morte.
REFLEXÃO:
“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” Mt 6:19
Reflexão diária: 03 de outubro de 2014.
“Não ajunteis riquezas que a traça e a ferrugem corroem e os ladrões roubam” (Mt 6,19)
Alexandre da Macedônia é considerado o maior gênio militar da Antiguidade. Rei aos 18 anos, planejava conquistar o mundo, inclusive a poderosa Roma. Suas tropas chegaram aos confins da Ásia e só pararam por estarem fatigadas demais.
Até que uma febre atacou o rei, nas proximidades da Babilônia. Pouco antes de morrer, aos 33 anos, ditou suas últimas vontades a seus generais. Pediu que o caixão fosse carregado pelos seus médicos, para mostrar que não têm poder sobre a vida. Que o chão fosse coberto pelos seus tesouros, para lembrar que os bens conquistados permanecem aqui. Finalmente: que suas mãos balançassem fora do ataúde, para que todos pudessem ver que de mãos vazias nascemos e de mãos vazias partimos.