NA ENTREGA DE SI COMO CARIDADE E DESAPEGO: não quero sacrifícios e sim o amor e o perdão.

 Há de se buscar o desapego de si, segundo o Evangelho como conselho e virtude cristã no seguimento de Jesus. Só em Deus é possível. Sem o amor e não o mero sacrificar-se não há verdadeiro desapego de si. O mesmo Jesus, Filho do Altíssimo, desapegou de si mesmo, esvaziando-se de si. É o Kênosis como Encarnação do Verbo Eterno para ser um de nós, igual a nós, exceto no pecado, enquanto negação de Deus. Ora, Deus não pode negar a si mesmo, mas pode ser um de nós, ser igual a nós, viver como e entre nós. Que maravilha ter Jesus como nosso parceiro de caminhada, novo e maior, melhor e mais velho irmão, um novo Adão. A culpa original de Adão nos fez aqui descer o Filho de Deus. Que Maravilha e mistério sublime, diz-nos Santo Agostinho.

O desapego nos vai transformando em homens e mulheres novos segundo Jesus Cristo. E passamos a entender que ele não quer os sacrifícios, sem o amor e o perdão. Entreguemo-nos ao Senhor e ao Centro de nossas vidas, e o mais Ele fará até que estejamos prontos para mergulhar definitivamente Nele e no amor ao nosso irmão no dia a dia.

Abri mão de um bombom para que o irmão o tenha. Perdoar de coração uma ofensa e orar pelos que estão errando. Orar pela própria conversão. Acolher um animalzinho que sofre. Receber um vizinho. Conseguir entender o outro e ajudar a ele sempre. Deixar que ele consiga caminhar com as próprias pernas. Não se considerar melhor que o outro. Não se lamentar tanto e acender a luz da esperança. Aprender com os que sofrem e ter paciência entre os que esperam. Mesmo entre os que não esperam é possível aprender a ter a esperança. Abraão foi o homem de fé que caminhava na esperança contra as outras esperanças, porque já era idoso, não podia ter filhos... Ele teve coragem de sair da área de conforto e arriscar-se na aventura de um lugar e objetivos de formar um povo novo e numeroso. Porque para Deus nada é impossível. Porque ele é que realiza em nós a conversão e um olhar diferente e novo no mundo e nos outros. É Deus mesmo quem Converse de verdade e nos apenas somos "servos inúteis, tínhamos de fazer o que deveríamos realizar." Jesus ainda disse: "Sem mim, nada podeis fazer..." E em outra passagem bíblica, vislumbramos uma gota de sabedoria espiritual, assim, a afirmar para o nosso Bem, que é Deus: "Nele nos movemos e somos."

Amei o texto de Frei Rafaelle Di Muro sobre Padre Kolbe.

O Papa Francisco, dirigindo-se aos seminaristas e noviças provenientes de todo o mundo, disse: “Eu vos digo, de verdade, me faz mal quando vejo um padre ou uma freira com um carro último tipo: isso não pode! Não pode! Vocês poderão pensar assim: e então, Padre, devemos andar de bicicleta? Bicicleta é bom! Monsenhor Alfred anda de bicicleta. Eu acredito que o carro é necessário, porque é preciso fazer tantos trabalhos e para se locomover daqui para lá… mas, peguem um mais simples! E se você gosta do mais bonito, pense em quantas crianças morrem de fome. Somente isto! A alegria não nasce, não provém das coisas que se tem!” (discruso proferido em 6 de julho de 2013). Com relação a São Maximiliano Kolbe, podemos afirmar que a sua pobreza é igual à de São Francisco, quando pensa e vive este conselho evangélico na plena entrega da Providência de Deus.

Padre Kolbe percebe que precisa ter a Imaculada como objetivo e a pobreza como fundamento: duas preciosidades que Niepokalanów não pode abandonar de jeito nenhum. “Sem tal objetivo, Niepokalanow cessaria de existir, trairia a sua missão. Enquanto que, sem a pobreza e sem confiança na divina Providência, não se pode falar de desenvolvimento, de conquista” (São Maximiliano Kolbe, escrito 299).

As grandes obras de Deus nascem e se desenvolvem sob a insígnia do abandono pleno nas Suas mãos. A confiança incondicional na ação amorosa e providente de Deus é a linha guia fundamental para caminhar rumo à vida eterna e para testemunhar ao mundo a beleza deste itinerário. É importante, então, limitar ao máximo as exigências pessoais, como moradia, roupas e comida, e concentrar-se sobre a própria missão de modo livre e constante. O que conta é aderir com empenho ao chamado para o apostolado, em vista do Reino de Deus.

Padre Kolbe sabe que é necessário usar os meios de apostolado mais modernos para o anúncio e conservar um estilo de vida humilde, que garanta fidelidade no seguimento e abandono à Providência e ao projeto de Deus, com a certeza de que não faltará a sua assistência. O papel de Maria é muito importante para quem quer ser pobre, porque “a Ela pertencem todas as nossas coisas; por isso, uma pobreza perfeita e uso das coisas somente enquanto são indispensáveis e suficientes para atingir o objetivo” (SMK, escrito 486). A Imaculada é, portanto, um ponto de referência para quem é chamado a uma vida pobre no seguimento do Senhor. Quando o fiel se consagra a Ela, se deixa guiar também em relação aos uso dos bens.

Frei Rafaelle Di Muro

Assistente Internacional da Mi...

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fonte: Revista “O Mílite”

De: contato@paroquiaimaculadaconceicao.com.br

Enviada: Segunda-feira, 8 de Setembro de 2014 06:22

Para: joseboscolpp@bol.com.br

Assunto: Paroquia Imaculada Conceição

J B Pereira e contato@paroquiaimaculadaconceicao.com.br
Enviado por J B Pereira em 08/09/2014
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