O coelhinho triste

Guido era um coelhinho muito triste que não sabia sorrir. Todos tentavam fazê-lo sorrir, mas ele continuava triste.

Jotacá que era o maior urso da floresta ficou sabendo do coelhinho triste que não sorria e quis ajuda-lo a sorrir. Fez várias tentativas. Deu cambalhotas, rodopiou, fingiu assustar-se com uma formiga, imitou macaco, deu gargalhadas rolando no chão e nada. Então ele contou ao seu amigo macaco, que ficou comovido e também resolveu tentar ajudá-lo.

O macaco muito alegre e tinha o nome de Gracioso, não era á toa que seu nome combinava com seu jeito brincalhão. E lá se foi Gracioso certo de que o faria sorrir. Sem perder tempo foi logo fazendo suas macacadas. Ficou decepcionado por não conseguir ver nenhum sorriso naquele rosto triste e perguntou brincando:

-Por acaso o meu amigo coelho perdeu os dentes? E Guido fingiu não escutar e seguiu caminhando com seu olhar triste.

E mais triste ficou, quando no caminho encontrou uma raposa metida à esperta que acabara de pegar os milhos da dona Carijó que passeava tranquilamente com seus pintinhos. A raposa Bical dando uma de esperta, transformou os milhos em pipocas e foi comê-las e ainda ofereceu a pobre galinha que educadamente respondeu.

-Obrigada, gosto só de milho estou de regime e não como biscoitos. Bical saiu dando muita risada.

Pobre Guido, ao ver tanta maldade, balançou suas orelhas indignado e uma lágrima rolou de seus olhos tristes.

Chegou à páscoa e todos os coelhos faziam seus ovos saltitando de alegria. Apenas Guido continuava triste e nem a grande festa o animava. Ele comemorava a páscoa, fazia seus ovos com os amigos, porém não conseguia ser feliz.

Um dia, passou por Guido uma bela lagarta cantarolando feliz e ele resolveu parar para escutá-la cantar. Aquela música fez o coelho ficar feliz e sorrindo começou a cantar também e nunca mais parou de sorrir e cantar. Sua tristeza deu lugar à alegria e a floresta ficou muito mais iluminada com seu sorriso.

Débora Dantas dos santos