A ocupação dos pequenos deuses!
Foi naquele dia,
Na minha infância perdida,
Que no correr do tempo se esfumou,
Onde acordei mais cedo do que devia.
E minha grande janela,
Coberta por um vidro canelado,
Protegida de mim mesmo por uma grade externa,
Em desenhos circulares de girassóis mortos,
Vi que o mundo ainda não se colorira.
Tudo era preto no branco e em tons de cinza.
Corri para fora,
Enquanto todos ainda se cobriam de sonhos.
Em nada havia cor,
Nem em minha própria pele.
De súbito,
Para meu espanto,
Ouvi o bater de asas frenéticas
E mil criaturinhas bizarras,
Pequenas,
Cabendo na palma de minha mão,
Desarvoradas portando pincéis e aquarelas,
Apressadas em dar cor a tudo.
E pintaram os telhados,
E deram o verde à grama e folhas,
E mil tons diferentes às pedras do quintal,
Até que uma veio a mim.
- Não é muito cedo para um garoto acordar?
E não sei como, mas imagino o porquê,
Tocou-me na testa e senti-me em profundo sono.
Dormi ali mesmo, no alto da nossa escada,
Que saía da cozinha para o nosso vasto quintal,
O meu reino encantado,
Que agora me mostrara mais um mistério:
Descobri que aqueles pequenos seres,
Seriam deuses (?),
Davam cor ao mundo...
Foi naquele dia,
Na minha infância perdida,
Que no correr do tempo se esfumou,
Onde acordei mais cedo do que devia.
E minha grande janela,
Coberta por um vidro canelado,
Protegida de mim mesmo por uma grade externa,
Em desenhos circulares de girassóis mortos,
Vi que o mundo ainda não se colorira.
Tudo era preto no branco e em tons de cinza.
Corri para fora,
Enquanto todos ainda se cobriam de sonhos.
Em nada havia cor,
Nem em minha própria pele.
De súbito,
Para meu espanto,
Ouvi o bater de asas frenéticas
E mil criaturinhas bizarras,
Pequenas,
Cabendo na palma de minha mão,
Desarvoradas portando pincéis e aquarelas,
Apressadas em dar cor a tudo.
E pintaram os telhados,
E deram o verde à grama e folhas,
E mil tons diferentes às pedras do quintal,
Até que uma veio a mim.
- Não é muito cedo para um garoto acordar?
E não sei como, mas imagino o porquê,
Tocou-me na testa e senti-me em profundo sono.
Dormi ali mesmo, no alto da nossa escada,
Que saía da cozinha para o nosso vasto quintal,
O meu reino encantado,
Que agora me mostrara mais um mistério:
Descobri que aqueles pequenos seres,
Seriam deuses (?),
Davam cor ao mundo...