MALVA E CAXIMIRA NO REINO DAS GARGALHADAS

O reino das gargalhadas fica próximo ao caminho das flores, onde tudo era belo e reluzente, como a luz do sol.

Contam que, certo dia, surgiu rumores de que uma bruxa de nome caximira, sabendo que Malva andava por lá, queria saber sobre o motivo de tanta felicidade naquele reino.

Mas o que ela não sabia é que para entrar naquele reino mágico, ela deveria estar vestida com as cores da felicidade, deveria ter as cores do arco-íris.

Caximira, inconformada com tal exigência, mas curiosa para saber os mistérios daquele reino, disfarça-se de bobo da corte com roupas bem coloridas iguais às cores do arco-íris, dessa forma ela entraria sem levantar suspeitas.

Ao chegar ao reino das gargalhadas, caximira encontra vários personagens: o ratinho falante, o urso pampam gordinho e pretinho, o leão do dentão, o patinho amarelinho e magricelo entre tantos outros animais. Todos viviam felizes naquele reino. Caximira, acostumada a fazer maldades, começa a perguntar aos animais o motivo de tanta harmonia.

O primeiro a ser entrevistado foi o ratinho falante:

- Ratinho falante, o que você fez para ser assim tão feliz?

O ratinho, todo faceiro, diz:

-São as cores do arco-íris. Tudo aqui é muito colorido.

Depois de algumas horas, vem o urso pampam gordinho e pesado e Caximira pergunta novamente.

- Urso papam, por que você é assim tão feliz? E ele responde:

- Sou feliz porque aqui todos me respeitam e gostam de mim como eu sou. E caiu na gargalhada.

Caximira ficou curiosa com a felicidade entre as pessoas e os animais daquele reino onde todos viviam em harmonia, não faziam diferença de cor, gênero ou religião. As pessoas se respeitavam, tinham valores e viviam satisfeitas com as suas formas e personalidades convivendo todos em igualdade, inclusive, em harmonia com os animais.

Então, Caximira resolve passar uma temporada por lá para ver se a felicidade invadia seu coração.

Os animais e as pessoas daquele reino ficaram satisfeitos e felizes por saber que Caximira queria ser uma pessoa melhor.

As primeiras lições foram de boas maneiras: aprender a cumprimentar às pessoas.

- Como vai?

- Boa tarde!

- Boa noite!

- Tudo bem?

Foram várias as formas de gentileza que Caximira estava aprendendo.

A segunda lição foi a mais difícil de aceitar: as pessoas não faziam distinção de cor, raça ou religião, tratavam todos igualmente: o gordo, o magro, o negro, o branco, o alto e o baixo, independente da vontade de cada um deles.

Caximira pensou, pensou e falou:

- Só aceito, se vocês me deixarem viver aqui também. Dessa forma, pensou Caximira, todos deixariam de ter medo de mim e passariam a me aceitar do jeito que eu sou: só assusto as pessoas porque elas me acham feia, mas aqui todos se respeitam, mutualmente. Quero morar aqui também! Exclamou Caximira.

Foi um rebuliço naquele reino, já que muitos não acreditavam que Caximira fosse de fato mudar algum dia seu comportamento. Reuniram-se para fazer uma votação a fim de decidirem se ela deveria fazer parte daquele reino.

Malva, como era rainha, disse: que não haveria votação nenhuma, pois o importante já havia acontecido: a vontade de mudar manifestada por caximira que, de fato, tinha mudado bastante.

Caximira, satisfeita por ter a oportunidade de que Malva havia lhe dado, começa a escrever sua própria estória, de que é melhor viver em harmonia, respeitando às pessoas com suas diferenças, pois sempre temos algo a compartilhar com o próximo.

Elisete Soares Moreira
Enviado por Elisete Soares Moreira em 02/05/2014
Reeditado em 24/07/2022
Código do texto: T4791575
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