OS QUITUTES DA VOVÓ
Meus dias de primavera...
Quanta saudade inda guardo,
dos quitutes da vovó
escondidos no armário.
Quando fazia empadinhas,
íamos todos pra cozinha
ajudar por nas forminhas
a massa fofa da empada...
E na hora do recheio
não tinha como evitar...
Sempre a colher desviava
pra meninada provar...
A pior parte chegava
na hora de ir ao forno.
Pois o tempo para assar
parecia-nos eterno...
Ah... mas tudo era festa
quando o tabuleiro mágico
com quitutes encantados
ia voando pra mesa...
E das forminhas inda quentes
brotavam as empadinhas,
cheirosas, douradas, gostosas...
Prontas para o nosso lanche!
Meu tempo de primavera
que um dia assim floriu!
E as memórias da vovó
hoje guardo com saudades...
(*) poema dedicado à minha avó Judith, a rainha das empadinhas mais deliciosas que já provei.