Pequena história para gente pequena

A cachorrinha pretinha

Resolvi que deveria ter uma cachorrinha. Sai para comprar. Olhei aqui, ali... Mas eu queria uma especial! Especial como? Especial, uai! Aquela que olha pra gente e a gente fica completamente aprisionada.

Estava quase desistindo quando alguém me disse que num estacionamento havia um senhor que vendia cães. Fui lá. E lá estava ela. Sozinha numa caixa de papelão. Ultima de uma ninhada de cãezinhos brancos, ela, pretinha, sobrara. Era tão pretinha, mas tão pretinha que não se viam os olhos. Quando ouviu a minha voz, levantou e ficou latindo dependurada na borda da caixa. Pensei: é esta! Peguei-a no colo e fui bombardeada por mil lambidas...

Era muito pequenina. Frágil. Uma bola felpuda de pelos pretos e cinza. Paguei e lá fui eu, com a minha negrinha. Em casa, reunião para escolher o nome. Lola! Devidamente registrada em nossos corações, a Lola passou a ser o mais novo membro da família. Levadíssima, brincalhona, sorrateira...

Mas é a nossa querida Lola, que nos acolhe com saltos ornamentais, latidos de alegria e lambidas geladas... Não é propriamente uma cachorrinha bonita, mas é a minha cachorrinha, por isso a mais linda do mundo! Lola!