PUREZA INFANTIL
A exemplo do emérito cronista, jornalista e poeta Pedro Bloch em seu famigerado livro “Criança diz cada uma”, eu também tenho histórias verídicas da pureza infantil para contar. Assuntem esta mais recente e em família:
Hora do almoço. À mesa, minha esposa, eu e a nossa querida netinha Maria Eduarda de apenas 2 anos e 8 meses, que ativa e curiosa como sempre, saiu com esta: Vovô, cadê seu pai? – Respondi: Foi pro céu! – Ela continuou: E a sua mãe? – Disse-lhe, meio engasgado: Também está no céu com o meu papai! – Ela, então, tocou no meu braço e falou-me com toda a meiguice, que lhe é peculiar: Morreu, né, vovô? Mas não fica triste não, tá bom, que eu vou emprestar a minha mamãe e o meu papai pra você, tá? – Sorri emocionado, enquanto ela concluía: Mas só um pouquinho, tá, vovô? Só um pouquinho... – E voltou a comer, enquanto minha esposa e eu permanecíamos boquiabertos.
Genilton Vaillant de Sá
Praia do Canto – Vitória – ES