E eu nem falei do rabo-do-tatu

Pendurado, mas não era samambaia

Apelou para um rabo de saia

O do porco era em espiral

Sem princípio nem final

Lindas melenas, num regalo

Prendia num rabo de cavalo

Pode parecer esquisito

Rabo de boi abana mosquito

Mas tem gente atenta

Com rabo de boi: rabada e polenta

Em festa requintada

Não se faz rabanada

O do pavão era inspiração

Só beleza não se põe no coração

O do nhambu deixava tudo nu

Olhar a olho cru?

O do doce era calda

Sem analogia com cauda

Sentar no próprio rabo

E falar do rabo alheio?

Nem foi citado o coelho

Não troque gato por lebre

Isto esquenta como febre

Se você tem rabo preso

Daqui não sairá ileso

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 21/09/2013
Reeditado em 21/09/2013
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