soneto de Florbela Espanca, modernismo português

O mundo quer-me mal porque ninguém

Tem asas como eu tenho! Porque Deus

Me fez nascer Princesa entre plebeus

Numa torre de orgulho e de desdém.

Porque o meu Reino fica para além...

Porque trago no olhar os vastos céus

E os oiros e clarões são todos meus!

Porque eu sou Eu e porque Eu sou Alguém!

O mundo? O que é o mundo, ó meu Amor?

- O jardim dos meus versos todo em flor...

A seara dos teus beijos, pão bendito...

Meus êxtases, meus sonhos, meus cansaços...

- São teus braços dentro dos meus braços,

Via Láctea fechando o Infinito.

Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=134#ixzz2f0Cje0FY

Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=134
Enviado por J B Pereira em 15/09/2013
Código do texto: T4483042
Classificação de conteúdo: seguro