O Mal deste tempo... Artigo de opinião intertextual - Referente à crônica “EU SEI MAS NÃO DEVIA” de Marina Colasanti.
Izabella Baesteiro, n°17, 1° Química - Artigo de opinião intertextual
A meu ver, com o passar do tempo, as pessoas têm se acostumado com uma série de coisas. Já não há mais espontaneidade, aproveitamento e prazer naquilo que faz, não há mais alegria no simples e os detalhes desta vida passageira, estão sendo cada vez menos percebidos.
Há um descaso humano, os relacionamentos se tornam cada vez mais frios e superficiais, é como viver na solidão mesmo cercados de muita gente.
Conseguimos ignorar as pessoas ao nosso redor cuidando do nosso próprio eu, constantemente acariciando nosso ego, como se assim, os problemas da humanidade fossem resolvidos.
Todos certamente temos problemas e, na ânsia de resolvê-los, esquecemos de que não somos obrigados a passar por isso sozinho e, assim, não “notamos” que aquele, ao nosso lado, também tem suas dificuldades e que, se compartilhássemos os fardos uns com os outros, os nossos seriam aliviados.
É claro que existem exceções, e graças a essas pessoas que se preocupam é que ainda alimento minhas esperanças com o porvir, as demais veem, mas é como se não enxergasse nada além de si mesmas e o pouco relacionamento que mantêm é por cobiça e visando o que o outro poderá lhe oferecer.
O tempo tem passado depressa: o que é que temos aproveitado?
Cada um pode brilhar se for dada a ele esta oportunidade, o problema é que muita gente não tem a mínima ideia de seu potencial.
E é deste acomodamento que a sociedade se mantém refém de uns tempos para cá, vivendo dia após dia, mecanicamente, em meio a correria da vida, buscando status, fama, dinheiro ou simplesmente atenção.
Não há nada que se compare como, simplesmente, cultivar relacionamentos saudáveis com amigos, colegas ou nossos pais e professores, ou com a alegria de saber aproveitar a cada suspiro, cada insigne momento de estadia nesta terra, vivendo para que no momento da partida, nada tenha sido em vão.