O passeio dos bebês
Minha vovó tinha mania de contar esta estória para meu pai. Isso, quando ele era criança. Depois, achou de me contar também.
Ela queria divertir a gente e, com isso, deixar que tanto o meu pai no tempo dele, quanto eu, anos depois, soubéssemos o quanto ela nos amava.
Ela dizia que os bebezinhos ficavam lá no céu esperando o dia de virem para as casas deles aqui no mundo.
E enquanto não chegava esse dia, a gente brincava, brincava com os anjinhos. Eles nos levavam a passear por muitos lugares.
Foi assim que visitamos a casa da nuvem, sempre tão macia! Rolávamos e saltávamos e, em seguida, partíamos para a casa do vento. Ah! Lá não era fácil não! Quase não podíamos ficar de pé, caindo sempre. Mas, aí, a mamãe- vento mandava que seus filhos soprassem bem de leve, por causa das visitas, isto é, nós, os bebês. E assim, podíamos brincar bem.
Mas o lugar onde nós mais gostávamos de ir era à casa de uma estrela . Ali era tudo muito bonito, bastante iluminado e tudo muito arrumado. Brincávamos com as estrelinhas. Só que a gente bagunçava um pouco e ninguém ralhava conosco.
A gente passeava tanto, que acabamos chegando um dia bem na casa da chuva. Aí, foi uma molhadeira só! Depois, vimos o sol. Aquele era muito bem-vindo, pois trazia calor, claridade e alegria. Então, como num certo pedacinho do céu a chuva ainda não se recolhera, os raios de sol e ela, a chuva, fizeram aparecer o arco-íris. Cheio de cores!
Voltávamos para o nosso cantinho no céu, cansados, porém felizes.
Era sempre assim nos tempos do papai também, até o dia em que ele chegou à casa da vovó e do vovô.
E alguns anos depois , fui eu a chegar à casa dos meus pais. Para grande contentamento de todos. E grande celebração A Deus e à Vida.