Narizinho de Vitinho
Era uma vez um narizinho de bebê.
Vivia respirando.
Sem parar, sem parar, sem parar...
Cheirava a mamãe.
Sem parar, sem parar, sem parar...
Cheirava o papai.
Sem parar, sem parar, sem parar...
Cheirava a vovó.
Sem parar, sem parar, sem parar...
Gostava de sabonete.
Gostava de colônia.
Nossa, que cheirinho!
Detestava cecê.
Detestava cocô.
Nossa, que cheirão!
Brincava de prender a respiração debaixo d’água.
Na piscina.
E o bebê ria, ria, ria.
Sem parar, sem parar, sem parar.
Sonhava com o perfume das flores.
Do sereno.
Da comidinha da vovó.
Sonhava.
E o bebê ria, ria, ria.
Sem parar, sem parar, sem parar...
Detestava espirrar.
Às vezes, precisava de lenço, de tão resfriado.
Pingava.
Parecia uma torneirinha quebrada.
Mas logo ficava bonzinho.
Curtia era um cotonete.
Porque fazia cócegas.
E o bebê ria, ria, ria.
Sem parar, sem parar, sem parar.
Narizinho.
De batata?
Que nada...
De balada!
O narizinho dançava...
E o bebê ria, ria, ria.
Sem parar, sem parar, sem parar...
O narizinho dançava... com o nariz da mamãe, do papai e da vovó.
Juntos nos beijinhos de esquimó,
Que xodó!...