Eri Paiva
Lembro-me bem, quando pequena,
Embrenhava-me nos matos do sertão,
A caçar ninhos de passarinhos,
Levar prá casa os seus flhotinhos,
Na concha da minha diminuta mão...
Na liberdade de minhas travessuras,
Saltitava feliz, de galho em galho,
A balançar, sem dó, as cajaraneiras
De frutos doces, como das mangueiras,
Sem medo de cair, sem atrapalho...
Brincar nas árvores, doce travessura!
Tê-las como refúgio de algum mal feito,
Atar-lhes um balanço e jogar-se ao vento,
Comer os frutos, a qualquer momento...
Como proeza infantil, está perfeito!!!
O tempo passa, a maturidade chega!
Aquela pueril inocência, é consciência
Hoje, de respeito à vida de qualquer ser.
A natureza não é para meu bel prazer!
Disso, meu coração tem plena ciência.
Natal/RN - Em 05. 05. 2013