SAPOS SAPEAVAM

Final de tarde

A chuva chegou

Molhando a grama

O sapo coaxou

Vi da janela

Muitos sapos a pular

Fiquei intrigada

Aos animais avistar

Não se intimidaram

E a falar continuaram

Sapos e sapinhos

Na água, a nadar

Perninhas batendo

De um lado para o outro

Nada os fazia parar

Pulavam, pulavam

Alegres a balburdiar

Tentei espantá-los

Mas tudo foi em vão

Quanto mais lhes tocava

Amigos eles chamavam

E o número de bichinhos aumentava

Desisti e os deixei sossegados.

Quando a noite chegou

Abrigo procuraram

De coaxar então pararam

Pela manhã nenhum bicho restou

Esconderam-se, pois a chuva passou

Ficou a lembrança

Do verde da grama com o

Verde do sapo.

Lucelia Maria
Enviado por Lucelia Maria em 11/01/2013
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