SAPOS SAPEAVAM
Final de tarde
A chuva chegou
Molhando a grama
O sapo coaxou
Vi da janela
Muitos sapos a pular
Fiquei intrigada
Aos animais avistar
Não se intimidaram
E a falar continuaram
Sapos e sapinhos
Na água, a nadar
Perninhas batendo
De um lado para o outro
Nada os fazia parar
Pulavam, pulavam
Alegres a balburdiar
Tentei espantá-los
Mas tudo foi em vão
Quanto mais lhes tocava
Amigos eles chamavam
E o número de bichinhos aumentava
Desisti e os deixei sossegados.
Quando a noite chegou
Abrigo procuraram
De coaxar então pararam
Pela manhã nenhum bicho restou
Esconderam-se, pois a chuva passou
Ficou a lembrança
Do verde da grama com o
Verde do sapo.