Tudo Azul
Zezinho era um lindo menino negro de olhinhos verdes brilhantes.
Adorava construir seus próprios brinquedos de sucata. Ia para a escola, mas para ele, o melhor momento era a aula de Artes.
Talentoso para seus seis aninhos, desenhava como ninguém jamais vira igual. Suas pinturas pareciam ter vida de tão ricas em detalhes.
Um dia, a professora perguntou onde ele vira aquelas paisagens que pintava.
E o menino dizia que sonhava muito com aqueles lugares.
A professora pediu durante a aula que os alunos construíssem um barco de papel. E depois de pronto, fizessem um desenho bem bonito onde o barco fizesse parte dele.
Zezinho pegou um papel de seda azul e fez o seu barquinho de papel. Em seguida, desenhou seu barco azul, no meio de um mar azul.
Curiosa, a professora perguntou porque tudo era azul?
Zezinho lhe disse que onde morava não tinha cores. As casas eram de restos de madeira que acharam nas ruas, e as ruas não tinham calçadas, e nem água havia. Era preciso andar muito para encher baldes com água. E na volta, parecia sempre que o caminho ficava mais comprido.
Foi por isso, professora, que desenhei tudo azul. E é a cor que eu gosto.
Quando eu crescer vou pintar minha casa de azul pra minha mãe ficar mais feliz.Adorava construir seus próprios brinquedos de sucata. Ia para a escola, mas para ele, o melhor momento era a aula de Artes.
Talentoso para seus seis aninhos, desenhava como ninguém jamais vira igual. Suas pinturas pareciam ter vida de tão ricas em detalhes.
Um dia, a professora perguntou onde ele vira aquelas paisagens que pintava.
E o menino dizia que sonhava muito com aqueles lugares.
A professora pediu durante a aula que os alunos construíssem um barco de papel. E depois de pronto, fizessem um desenho bem bonito onde o barco fizesse parte dele.
Zezinho pegou um papel de seda azul e fez o seu barquinho de papel. Em seguida, desenhou seu barco azul, no meio de um mar azul.
Curiosa, a professora perguntou porque tudo era azul?
Zezinho lhe disse que onde morava não tinha cores. As casas eram de restos de madeira que acharam nas ruas, e as ruas não tinham calçadas, e nem água havia. Era preciso andar muito para encher baldes com água. E na volta, parecia sempre que o caminho ficava mais comprido.
Foi por isso, professora, que desenhei tudo azul. E é a cor que eu gosto.
E se a senhora deixar, é pra minha mãe que eu vou dar esse desenho. Ela vai enfeitar a parede lá de casa.
Por fora minha casa não tem cor.
E por dentro? Indagou a professora.
Minha mãe enfeita as paredes com os meus desenhos, responde Zezinho feliz.
Ela diz que eu vou ser um grande pintor. E vou! Porque vou pintar minha casa toda de azul.
Hoje, aos vinte e um anos, Zezinho está formado em design.
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