APENAS UM MENINO
Ele gritava:
- Olha a balinha! É só um real!
E corria entre os carros parados no sinal...
Abri a janela do carro, e chamei por ele.
Devia ter uns seis anos.
Ele me trouxe a bala juquinha.
Devolvi a ele, acompanhado de uns trocados.
Ele me disse:
- Moça tem muito dinheiro aqui. A senhora esqueceu a balinha...
Eu disse a ele:
- Não querido, deixe para ganhar mais um real.
Correu para o amigo e falou:
- Vem, vem... Agora podemos lanchar.
O amigo indagou:
Cara vai usar o dinheiro que não é nosso?
E ele sorrindo respondeu:
- Não. Esse eu ganhei de presente da tia.
Nem soube o nome dele,
mais aquele sorriso lindo, iluminou minha tarde.
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