A NETA, O VÔ E OS LIVROS
A NETA, O VÔ E OS LIVROS
Desde que ela nascera, seu avô comprava livros para ela. Ela ainda bebê e ele lia para ela, sempre que estava a seu lado. Acreditava que aquilo a tranquilizava e fazia com que tivesse bons sonhos. Passado algum tempo, lia para ela, mostrando as figuras coloridas do livro e tentando explicar cada detalhe da leitura. Com 4 anos ela já lia muito bem, e a leitura estava incorporada a seu dia a dia. Pela manhã quando tomava seu leite era uma história, na hora do almoço comiam juntos mais um livro, no banheiro era mais ou menos assim, se fosse 1 (xixi) era uma história, se fosse 2 (cocô) duas, as vezes 3. No jantar mais uma e ao deitar não dormia sem ouvir mais uma. A contação de histórias era dinâmica, com interpretações de personagens, entonações de vozes, gestual apropriado e muito amor e carinho. Por muitos anos essa história ocorreu. Até que um dia o avô partiu, ficaram ela, os livros, as histórias e as lembranças das leituras e lições de vida, que sem dúvida, iriam ajuda-la a escrever sua própria história, que seu avô, onde quer que estivesse, torcia, para que fosse muito feliz.