A Vila das Flores Encantadas

Daniel Paulo Rozendo

Capitulo – I

A chegada da família das Rosas

A vila das flores encantadas era uma pequena vila onde viviam varias famílias de flores, la era tudo colorido e perfumado e as donas abelhas viviam espalhando pólen e recolhendo o mel alegrando a vida na pequena vila. Sem contar os pássaros alegres cantando tornando cada dia mais belo.

As pequeninas flores observadas pelas suas mamães brincavam correndo pelo jardim festejando com alegria o lugar maravilhoso em que viviam, bem como a felicidade que reinava em suas famílias, e assim ia seguindo a vida de todos até que um dia em um canto da vila, mudou-se uma nova família de flores, foram bem recebidas pelo prefeito da cidade e pela comissão de moradores, mas todos ficaram um tanto intrigados com a nova família, pois eles eram diferentes, tinham em seu caule espinhos pontiagudos, e quando o prefeito foi cumprimentar a família dando a mão e abraçando-os logo saiu gritando, pois os espinhos eram muito pontiagudos...

- Aiaiaia, você me machucou o que é isso? Disse o prefeito.

O patriarca da família ficou sem jeito com a reação do prefeito, não era intenção dele ferir ninguém, era comum na vila de onde ele viera às pessoas se abraçarem, mas era todas da mesma espécie e por isso não se machucavam. O clima ficou muito tenso no momento, ao ver a cena de longe à dona coruja que era muito velha e sábia voou e pousou perto da nova família e logo foi explicando a todos do que se tratava.

- Olá queridos amigos do Jardim das Flores Encantadas, como sabem sou o Diretor da Escola das Pétalas Douradas queria dizer a todos que temos em nossa vila uma família de muito longe e de longa tradição, embora pareçam diferentes são de famílias antigas na história das flores, seus espinhos são como mecanismo de defesas contra os insetos predadores.

Todos permaneciam olhando e alguns cochichando sobre a estranheza da família de flores de espinhos, embora tivessem ótimo perfume que todos se encantavam, mas se assustavam pelos espinhos grandes e pontiagudos.

O Senhor Tulipa que era descendente de um Jardim de Condes, pós logo a falar:

- Hora Dr. Corujão, mecanismo de defesa, isso parece uma aberração da natureza, eu recuso que meus filhos e minha família frequentem onde eles estiverem até mesmo escola se for preciso.

Criou-se um burburinho e algazarra e muitos moradores blasfemavam contra a nova família, colocando se em defesa da família Dr. Corujão:

- Isso é um absurdo Sr. Tulipas, mas não poderia esperar muito mesmo do Sr. Meus amigos não existe aberração nenhuma eles são da família Rosáceas e ao gênero Rosa L, com mais de 100 espécies, e milhares de variedades , híbridos e cultivares. São arbustos ou trepadeiras. Sua linhagem data de mais de 35 milhões de anos a traz, pois bem senhores tenham respeito com essa tradição.

- Prezado Dr. Corujão, na qualidade de prefeito, eu preciso intervir junto aos meus cidadãos, e creio que a grande maioria desaprova a vinda dessa família até nossa vila, pelos motivos óbvios que podem machucar ou coisa pior acontecer com esses espinhos.

Foi então que Sr Rosa indignado com o preconceito das outras flores, pois se em defesa da família que ama e protege.

- Prezado Sr Prefeito, meu nome Rosa, e venho de muito longe, pois era um sonho muito grande morar em sua famosa cidade, nós viemos de uma região que ficou muito atacada pelo desmatamento e perdemos todo nosso solo, quase tudo virou pedra e deserto, então eu vi uma linda história de um pássaro do deserto que me deu esperança a minha família em ter um lar. Juntamos tudo que podemos para vir morar aqui. Não tínhamos mais o que comer, nem mesmo água doce, a água tinha se tornado tão salgada quanto à dos oceanos. Eu imploro aos senhores que deixam minha família ficar prometemos que não iremos machucar ninguém.

Todos se entreolhavam, alguns comovidos com a explicação do Sr Rosa, outros indignados, Sr Prefeito mandou então que chamassem o Dr. Delegado Girassol e Vossa Excelência Juiz Lírio Branco. Prontamente Dr. Corujão que conhecia de todas as matérias, inclusive direito, foi servir de Advogado a singela família de rosas.

Horas a fio se passaram todos apreensivos, alguns chegaram a cochilar, outros olhavam assustados e com medo da família de rosas que julgavam serem monstros.

Foi então que Dr. Corujão se dirigiu a família abatida e disse:

- Sr Rosa, eu tenho que lhe ser franco e dizer lhe que não poderá morar na Vila das flores encantadas, entretanto, podem morar próximo à vila no pântano dos sapos cantores.

Embora a notícia fosse a que a família do Sr. Rosa queria pra quem não tinha nada já estava de bom tamanho, lá no pântano já tinha terra húmida e água a vontade.

Continuou Dr. Corujão:

- Quanto à escola, seus filhos, não poderão frequentar as aulas, porem a escola irá montar uma sala de aula para atender a seus filhos.

Com os olhos cheios de lágrimas Sr Rosa e sua família se abraçaram felizes pela conquista para quem não tinha nada. A esposa do Sr Roz Sra. Rosa Rúbia se pós ao lado do esposo e agradeceu emocionada:

- Sr Prefeito e Senhores e Senhoras moradores dessa vila maravilhosa, quando chegamos aqui, nunca tínhamos visto tanta beleza e delicadeza, nós achamos que tínhamos chegado ao céu e acreditamos que sim, pois tudo aqui é perfeito e maravilhoso, nós agradecemos muito por nos receber.

A simplicidade daquela família deixou todo mundo de queixo caído, pois agradecer por morar num pântano dos sapos cantores? Horas bolas, pra muita gente aquilo era um absurdo, mas para eles era como se fosse um presente de Deus.

Gentilmente inclinaram-se toda a família para agradecer, Dr. Corujão os acompanhou até o pântano dos sapos cantores onde foram recebidos com musica e festa na entrada do pântano, com direito a opera e tudo.

Dr. Corujão mostrou a nova casa deles que eram em uma grande arvore chamada Sequoia Gigante e era imensa, a noite foi chegando, e todos agora tinham seus quartos e logo após o jantar o sono chegou e todos foram dormir.

Capítulo II

Os Gafanhotos Devoradores

O amanhecer no pântano era bem diferente da vila das flores encantadas, o sol aparecia aos poucos pelas frestas dos galhos das árvores o vento passava depressa, havia muitas plantas sem flores bonitas também, nessa grande floresta de pântano era moradia de muitos insetos que comiam as plantas, mas como moravam muitos sapos ali e tinha grande quantidade de pássaros a família das rosas podia viver em paz.

Já na vila das flores encantadas, a vida seguia normal e alguns ainda comentavam da expulsão da família das rosas da vila, outros nem se lembravam mais. Vários dias foram se passando ambos foram vivendo suas vidas, até que um dia de uma manhã que prometia um dia de muito calor, uma esquadrilha de zangões da Colmeia doce Mel, a pedido da Rainha Marimel avisa as autoridades da vila de um grande perigo que corria a vila e seus moradores.

Como grandes guerreiros com seus uniformes imponentes e suas asas velozes os zangões fizeram voos por toda a vila, chamando atenção de todos os moradores, logos as autoridades da vila saíram para a praça central, e então os chefes dos zangões pousou na praça central com grande pompa de herói que era.

Um burburinho se fazia na multidão, e abrindo caminho entre o povo da vila o Sr Prefeito foi logo avistando o comandante da esquadrilha e foi logo perguntando o que estava acontecendo:

- Capitão Zanzemel que prazer imenso em vê-los e sua rainha como esta? Pode me dizer o que esta acontecendo?

Em sinal de respeito o Capitão, presta continências ao Sr Prefeito e diz o que estava por vir.

- Sr Prefeito a Rainha esta muito bem! Mas preocupada com a segurança de todos, venho em nome da minha Rainha Marimel, informar aos senhores do grande perigo que a vila esta correndo, a vila das Margaridas foi completamente destruída, bem como parte do Exercito de Zangões Guerreiros da Rainha Larizamel, socorremos os sobreviventes em nossa Colmeia e infelizmente a Rainha Larizamel e as Margaridas estão como prisioneiras dos terríveis Gafanhotos Devoradores.

Sr Prefeito então surrando ao Capitão disse: - Mas tínhamos um tratado com esses animais!

- Infelizmente Sr, esses animais não tem palavras, eles exigiram mais mel, e mais... Não se contentaram, e por isso acabaram destruindo toda a vila, pobres margaridas, tiveram suas folhas arrancadas.

- Lamentável Capitão, então irei convocar nossos soldados para essa luta, (virando para a multidão o Sr Prefeito convoca os voluntários para a guerra) quem tiver amor, respeito, e desejar a felicidade da suas famílias, vamos todos juntos nos unir contra esse exercito de gafanhotos e lutarmos para defender nossa vila. Quem esta comigo?

Capitão Zanzemel sabia que aquele ato de coragem era impossível deter os Gafanhotos.

Sr Prefeito acredito que seus soldados não são páreos para esses vermes voadores!

Nesse instante, pairou um silencio geral, alguns saiam de fininho, outros desmaiaram alguns então saiam correndo mesmo e se trancando em suas casas. Foi então que os sinos tocaram alarmando a todos do perigo, e logo a correria se formou muitos se agruparam formando barricadas e obstáculos por todas as entradas da vila, mas mal sabiam eles que os gafanhotos também podiam voar. O pequeno exercito de flores se armaram com lanças e tudo que podiam usar para combater.

Horas se passaram, e o silencio pairava em toda a vila das flores encantadas. Aos pouco um zunido de assas batendo foi sendo ouvido por todos, e muitos gritos e algazarras iam aumentando e o medo se espalhava e o céu que era todo azul e ensolarado foi aos poucos tomado por uma grande nuvem verde que se aproximava, os moradores da vila encantada tremiam de medo, mal conseguiam falar, suas lanças volta e meiam caiam no chão. Foi então que líder dos gafanhotos o ditador sombrio, General Zandor pousou e seu Exercito gigantesco logo atrás ocupando toda a praça e por cima das casas levando medo a todos da pequena vila.

Capitulo III

O Contrataque

Daniel Paulo Rozendo
Enviado por Daniel Paulo Rozendo em 14/08/2012
Reeditado em 19/11/2012
Código do texto: T3830316
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