No tempo das corujas e jatobás
Da varanda observo a ação do tempo sobre o telhado de velhos casarões
O tempo na sua tortura implacável dos dias, definha o que um dia deve ter sido um belo jatobá.
Incansável no seu trabalho ele espalha ao vento, partículas da arvore morta, que também teve seu tempo.
Por ali um lindo casal de corujas no tempo de se acasalar, procura um local pro novo lar.
Com o passar do tempo, um ninho se fez sobre o pobre jatobá, vieram os filhotes. Os pais em constantes missões alçavam voo, em busca de alimento.
No retorno da caçada com as asas embarcadas em pleno voo, miravam alvo no pequeno buraco da morada.
E num perfeito sincronismo asa aberta, agora é asa fechada, e o alimento cai direto na boca escancarada da corujinha pelada.
28/04/12 Pier - A minha neta Yasmin que pra comer, é a própria corujinha