O burrico que queria voar
Era uma vez, um burrico que queria voar.
Estênio, era seu nome; vivia meio pensativo, só sabia chorar,
pois tinha como amigo Ziloto, um pássaro que voava muito alto.
Então, ele já sem dilação fazia exercícios pra ver se podia levitar,
Mas - e as asas de Estênio, onde arranjar?
Dava sempre com a cara nos muros, mas nunca se esquecia do lugar
com que tinha sonhado:
-Eram montanhas lindas, e de lá ele saltava...
Foi isso que o levou sonhar a voar.
Ziloto, também o incetivava muito, voava, voava, e o fazia
quase voar, para ele lhe pegar.
Suas asas, pareciam estar nascendo em seu lindo dorso,
De tanta que tinha vontade.
Certo dia, uma mosca picou seu corpinho,
E ele saiu todo a se coçar.
Então com a pele inflamada, dava pulos enormes, e...começou a voar!
Ao ver Estênio voando, Ziloto, de tão feliz, começou a cantar, uma música, encantada, que dizia assim:- Meu burrico amiguinho, Voa, voa sem parar...
Passou um ventinho alado aqui - e o levou para o ar...
Lá, lá, lá, agora não vai mais parar,
Me fará companhia, todas as manhãs, pra a Florzinha alegrar.
Apronte os ramalhetes, e deixe um bilhete, e amanhã cedinho, viajaremos pelo ar!
Estênio aprendeu então, que a boa vontade, é que faz milagres nas vidas, E desde este dia, nunca mais deixou de voar!
Romilda SGomes