El Batata, la saga...(04/02/07)

Eu vi um dia uma batata inglêsa

Que só sabia falar alemão.

Ela implorava a uma portuguêsa

Que não a lançasse no caldeirão.

Ela disse a senhora lusitâna,

Que conversar com a batata não quis,

Que se a fizesse "a la americana"

Iria ter um sorriso feliz.

Mas sorriso ira cair mal

Pois deveria, ela, acompanhar

Uma bela torta de bacalhau

E deliciosos frutos-do-mar.

Mas por sorte a batata se livrou

E caiu em território francês

"Coitata dela", alguém exclamou.

E tudo recomeçou outra vez.

Quando o francês a viu logo pensou:

"Mon Dieu! Que batata mais esquisita!"

Mas ele logo desconsiderou

Não a queria assada e sim frita!

A batata viu-se desesperada.

Só ela e o francês naquele conflito.

Ela querendo não ser fatiada

E ele em fazê-la em batata palito.

A batata salvou-se por um triz

Enquanto o francês, que havia caído,

Olhava-a a partir, infeliz

Por um novo manjar não ter obtido.

Que batata sortuda essa, não?

Mas foi só descuidar-se com preguiça

Para um maluco alemão e anão

Querer levá-la ao fogo com lingüiça

Embaixo da terra ela se enfiou

Para escapar de seu perseguidor.

"Haus! Haus! Batatem!"O alemão gritou.

"Vai na Chucrute que dá bom sabor"

A batata muito, muito cavou

E saiu onde ela nem imagina...

"Ou eu vim parar em hollywood ou

"Então dei o azar de sair na China!"

Onde tudo tudo o que existe é comestível

A batata pensou não ter saída,

Precisaria de um plano infalível

P'ra que não fosse logo consumida.

Desfarçou-se de um baita pedregulho,

Disfarce que torno-na invisível.

E assim ela foi, sem fazer barulho,

Vencendo tal situação horrível.

Chegaria a um porto, finalmente,

Onde ela tentaria embarcar

Com um desejo fixo na sua mente

De tão logo da China escapar.

Embarcou num cargueiro Hondurenho

Que iria para um país tropical.

Disse pra si:" sorte maior não tenho!!!"

Não tinha mais como ela se dar mal.

E hoje, se quiserem ver a batata

Podem encontra-la sob um sombreiro.

Ela tem um chalé perto da mata

E toma água de coco o dia inteiro.

Luis Carlos Wolfgang
Enviado por Luis Carlos Wolfgang em 04/02/2007
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