Cíntia, A Joaninha Ambientalista.
Dona Marta plantou um jardim
Bonito de fazer muito gosto
Todas as flores desabrocham
Quando chega o mês de agosto
A terra se veste de festa
Que indescritível beleza!
Rosas brancas e amarelas
As camélias sempre belas!
Sapo Chico é que gosta
De passear no jardim assim
Colorido e perfumado
De muito verde rodeado
Natureza que se espalha
Morada de muitos animais
Grilos, tatus, joaninhas
Borboletas e abelhinhas
Tudo era preservado
Naquele jardim encantado
Até que um belo dia
Surgiu a melancolia
Quando a roseira Rosa
Fez-se toda em botão
Cortaram-lhe todas as flores
Indiferente às dores.
Na casa das joaninhas
Correu logo a notícia
Que Rosa a roseira chorava
Por suas flores arrancadas
Jacira a mamãe joaninha
Acordou a filha Cíntia
Entusiasta normalista
E grande ambientalista
Cíntia vestiu com pressa
Seu casaco de bolinhas
Convidou para a passeata
Milhares de joaninhas
Escreveu um manifesto
Em prol do meio ambiente
Disse – basta de destruir
Temos logo que agir!
Convocou a bicharada
Que sem pensar atendeu
O jardim ficou pequeno
Diante do que ocorreu
Cíntia escalou os grilos
A família de esquilos
Um bando de sabiás
Dezenove tracajás
Determinou com doçura
Que a partir de então
O jardim receberia
Respeito e proteção.
Ainda com dor no caule
Rosa sentiu a esperança
Sonhou que as novas rosas
Alegrariam as crianças
Dona Marta estranhou
A partir daquele dia
As flores em abundância
Que no jardim florescia
Feliz por mais esta vitória
Cíntia festeja a glória
Das posturas inteligentes
Em prol do meio ambiente!
(Ana Stoppa)