A NOSSA RUA
Quero recordar como era a nossa rua,
Onde a noite reuniamos para brincar e observar a lua.
Quando chovia ninguém conseguia passar,
No barro começavamos a deslizar,
Nós moradores sonhavamos com o asfalto,
Quando ele chegou todo mundo deu um salto.
Com alegria jogavamos confetes para o alto.
Começaram-se então as mudanças,
Acabaram-se as brincadeiras das crianças.
Ah! Se eu pudesse fazer o tempo parar,
Para novamente o barro da rua amassar.
Junto com os meus amiguinhos ser criança feliz,
Criança inocente que sem querer deixa escorrer o nariz.
Que corre que brinca de bola sem perigo,
Porque "esconde-esconde" tem sempre um abrigo.
Um esconderijo para você se esconder,
Brincar de "mãe da rua" era sempre um prazer.
Hoje na nossa rua vivem estranhos moradores,
A todo instante passam velozes condutores.
O progresso chegou trazendo a facilidade,
Mas a violência aumentou e tirou a nossa liberdade.