Soneto da fraldinha

Acho que já estou podendo

Andar três horas sem fralda

Exiba milagre ao reverendo

Me senta no piano de cauda

Não vou marcar seu tapete

Nem vou carimbar seu tricô

A vida me ensina o macete

Onde devo fazer meu cocô

Tempo voa, passa depressa

Já tomei mamadeira à beça

Me tira da mãe que eu berro

Cresci, mas não sou de ferro

Fiz um ano, o tempo avança

Não sou um nenê, sou criança

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 06/05/2012
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