O SAPO E O BOI
- Crianças, hoje nós falaremos sobre fábula. Alguém sabe definir fábula?
- Eu, eu, eu... – gritou Ritinha, a aluna mais aplicada da classe.
- Pode começar. – disse a professora. E a menina começou.
- Fábula é uma pequena história cujos personagens são bichos que agem como gente. – explicou a menina.
- Muito bem! Todo mundo está preparado para ouvir uma história de bicho?
- Sim, professora! – gritou a classe.
- Existiu, há muitos anos, um boi tão bonito que causava inveja a todos os outros bichos. Quando ele saía para um passeio, os outros animais ficavam de boca aberta e comentavam sobre a beleza e elegância dele. Um dia, quando o boi chegou a uma lagoa para beber e admirar sua figura refletida na água, um sapo, muito feio e maltrapilho, ficou parado olhando, como se estivesse hipnotizado, para aquela criatura que mais parecia um deus do Olimpo. O sapo, remoendo uma inveja muito grande, disse ao boi:
- Hum... Pensas que és o maior? Na verdade eu não vejo tanta elegância. Eu serei bem maior e mais elegante do que tu.
Os outros sapos ficaram preocupados quando receberam o convite do invejoso para assistirem a sua transformação.
Primeiro ele mandou fazer uma roupa igual a do boi, uma cartola igual a do boi e um sapato igual ao do boi. Com tudo isso pronto ele marchou para a margem da lagoa onde aconteceria a mágica de um sapo ficar elegante e do tamanho do boi. O sapo que seria o juiz já estava a postos. O sapo invejoso perguntou ao juiz:
- Estou vestido igual ao boi?
- Sim, mas o tamanho é de um sapo.
Então o invejoso começou a inchar, a inchar e o juiz a dizer.
- Ainda não está do tamanho do boi.
Inchou mais e mais.
- E agora? Já estou do tamanho do boi?
- Não, falta muito, muito mesmo.
E toca o sapo a inchar.
Os outros sapos, preocupados, disseram que era melhor ele parar ou se daria mal. Mas o invejoso continuou inchando até que sua pele não aguentou e ele explodiu.
- Moral da história, crianças: não queira ser aquilo que você não é. Lembrem-se que nem tudo que é bom para um e bom para outro.
11/04/12
(histórias que contava para o meu neto)