Dedico este conto para o pequeno Otávio Antônio, nascido  aos 10.03.2012,   neto do Primeiro Ministro Aleixenko Oitavo, portanto, o terceiro na linha de sucessão ao trono no Reino de Gorobixaba.

Na qualidade de Defensora Pública do Reino e como súdita de V.Exa., permita-me incursionar o pequeno no mágico mundo da leitura: ( Com Carinho, Ana Stoppa) 


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Exaltação À Mamãe Natureza - Fadinha Verbena




A Fadinha Verbena, entusiasta defensora do meio ambiente dia destes convidou sua prima, a Fadinha Miudinha para visitarem a Pata Estela na Floresta Amazônica.

Para quem não sabe, Estela vive em uma reserva natural onde todos respeitam a Natureza.

- Os animais das redondezas fiscalizam com rigor para que intrusos, especialmente o Homem não deixem rastros de morte e destruição através do desmatamento irresponsável, dos garimpos clandestinos, das queimadas e do extrativismo desenfreado.

Estela e seus quatro filhotes - Bela, Sara, Pipo e Narinha participam do mutirão.

Todos os dias ficam na margem do grade rio vigiando para que animais irresponsáveis e destruidores não joguem dejetos e poluentes no leito, ou pratiquem a pesca predatória.

Por isso o lugar é um paraíso, tamanho o cuidado dos bichos!

Verbena e Miudinha ficaram super felizes diante do cenário:

- O grande rio com as águas cristalinas, que de tão limpas podia se ver a coreografia dos inúmeros cardumes multicoloridos fazendo festa para as tartarugas, os botos e os peixes-boi.


As matas verdinhas, cuidadas.

As flores preservadas, os frutos em abundância nos pés.
As aves e os animais passeando tranqüilos nas copas.

A família de bicho-preguiça se espreguiçando no tronco do jatobá.

O bando de ararinhas azuis fazendo festa no cacho maduro do açaí.

Duas grande colméias de abelhas jandaira penduradas no pé de pequi.

As comunicativas ararajubas felizes se alimentavam nos cupuaçuzeiros.

Estela convidou Verbena e Miudinha para o chá da tarde.

Que surpresa!

Muitos convidados a festa dentre eles a jibóia Jovelina, a borboleta Tita e a Joaninha Jojoba.


Ah! Também vieram os integrantes da Banda da Bicharada - vinte músicos ao todo, regidos por Reno o Rei Leão.

Em pouco tempo os convidados foram se acomodando na barraca construída com folhas de açaí pelo bando de micos leões dourados.

Estela ajudada por amigos preparou o grande banquete para as ilustres visitas, tudo fresquinho, feito artesanalmente com os frutos da floresta.

Uma delícia!

Sorvete de murici, bolo de castanha - do - Pará, mingau de açaí, creme de pupunha, refresco de tapereba e geléia de bacuri.

Reno levou um repertório lindo para deleite de todos – Tocou o Xote Ecológico de Luiz Gonzaga, O Socorro do Planeta, letra de Ana Stoppa e melodia de Antenor de Oliveira, o Hino Deus Salve A Floresta escrito pelo Canário Zezo, A sinfonia dos Uirapurus e a Ciranda das Araras, estas de domínio popular.

Tudo perfeito!

No fim da tarde, quando as estrelas se espreguiçavam para abrir os olhos e o Sol com sono dizendo que ia dormir, perceberam que era a hora da despedida - as fadas se despediram, os animais voltaram para as suas casas.

Estela e os patinhos foram para a margem do rio - estavam escalados para cuidar das margens naquela noite.

Enquanto os filhotes ficam atentos idealiza como será a próxima visita das fadas, por isso amanhã mesmo convocará os bichos para que redobrem os cuidados com o meio ambiente.

Convidará os animais de todos os cantos da floresta, assim não haverá perigo de invasores destruírem o santuário sagrado da humanidade.

No clarão do arrebol, cenário de rara beleza - A Mamãe Natureza contente, as águas preservadas, a festa comentada e os animais em paz, todos já se preparando para as p'roximas visitas da Fada Verbena e sua prima Miudinha!


(Ana Stoppa)




Para saber sobre alguns frutos nativos na Floresta Amazônica: (ordem alfabética)

Açaí

Bebida extraída do pequeno fruto do açaizeiro, palmeira de porte esguio que chega a alcançar 30 m de altura e que produz cachos com dezenas de caroços (frutos) redondinhos. De cor arroxeada, a bebida é assim extraída: colocam-se os caroços do açaí de molho na água para amolecer a casca fina que os reveste. Em seguida os caroços são amassados com água em alguidar de barro ou máquina própria, coando-se então a mistura em peneiras especiais para que se obtenha um líquido roxo, espesso e de sabor característico incomparável. Toma-se gelado com açúcar, farinha de tapioca ou farinha-d'água. Há quem o aprecie sem açúcar. É nutritivo e refrescante. É também delicioso no preparo de sorvetes, licores, mousses, etc.

Bacuri

É o fruto do bacurizeiro, árvore frondosa, magnífica quando coberta de flores róseas ou, raramente, brancas. O Bacuri é, em geral, pouco maior que uma laranja graúda. Tem casca grossa e resinosa de cor amarelada. Dentro encontramos duas a três sementes grandes, revestidas de polpa branca perfumada, com excelente sabor agridoce característico. Entre as sementes estão os "filhos", que são pedaços de polpa sem caroço. Seu uso é muito variado, com presença marcante em refrescos, sorvetes, licores, geléias, tortas, cremes, bolos, recheios, mousses, balas e inúmeros outros doces saborosos.

Castanha - do – Pará
Fruto da castanheira-do-pará, árvore de porte magnífico e dimensões notáveis, com tronco de até 4 m de diâmetro, chegando a alcançar 50 m de altura. O fruto (ouriço) é esférico, de 11 a 14 cm de diâmetro, com peso variável entre 700 e 1.500 grs. O ouriço tem casca lenhosa, muito dura, contendo de 11 a 22 amêndoas ou castanhas graúdas, envoltas por casca lenhosa fina, pouco resistente. Essas castanhas são comestíveis, muito saborosas e de elevado sabor alimentício. A Castanha-do-pará é muito usada para a confecção de confeitos, recheios, coberturas de bolos, além de doces diversos. Quando frescas fornecem o leite usado na preparação de vários pratos típicos da cozinha paraense. Apreciada em todo o mundo, é um dos principais produtos de exportação do Pará.

Murici:

Fruto da pequena árvore que tem o mesmo nome. Seu formato é esférico, achatado nos pólos, com cerca de 1,5cm de diâmetro.
A casca é uma película de cor amarelada e a polpa, que envolve o pequeno caroço, também é amarela. Seu perfume agradável não pode ser comparado aos de nenhuma outra fruta, tais as suas características exclusivas. É delicioso como refresco, sorvete e em uma infinidade de doces.


Pupunha

Fruto da pupunheira, palmeira que alcança alturas elevadas com o tronco todo revestido por anéis de espinhos. Isso dificulta a colheita dos cachos com numerosos frutos, que variam de cor de planta para planta: vermelha, amarela, esverdeada, etc.
A pupunha tem o formato aproximado de uma esfera, com achatamento na parte, superior que fica presa ao cacho. Cada fruto apresenta em média 3 cm de diâmetro.
Antes de ser consumida a pupunha deve ser cozida em água e sal. Para comê-la retira-se a pele que a envolve.

Tapereba

Fruto do taperebazeiro, árvore de grande porte. Tem formato cilíndrico, com arredondamento nas extremidades. Seu tamanho é idêntico ao de uma pequena ameixa. A casca é uma película que envolve polpa de não mais de 3 mm de espessura, aderente a um caroço que é a parte maior da fruta. O taperebá é amarelo-escuro, muito perfumado, ácido, mas de excelente sabor adocicado. Especialmente apreciado em refrescos, sorvetes e licores.
A polpa, muito saborosa, é amarelada, densa, fibrosa e farinácea. Em seu interior há um coquinho, que é o caroço. Come-se pura, com mel de cana ou manteiga, sendo excelente acompanhamento para café e chá. Igualmente saborosa quando caramelada ou em compota.
Fonte: WWW.istoeamazoniacom.br



ANENSKA STOPENSAS