O BOITATÁ
Jorge Linhaça
4/06/2006
Boitatá já foi uma cobra
No tempo do grande dilúvio
Escondida em uma cova
Esperou cessar os pluvios
Alimentou-se dos olhos
dos mortos animais
com o último brilho do sol
que eles não viram jamais
Assim seu corpo resplandeceu
pela luz assim acumulada
o m'boitáta assim nasceu
cobra de fogo respeitada
O seu fogo é de cor azulada
Não consome a mata que toca
Combate ele as queimadas
Matando quem as provoca
Para fugir do boitatá então
só há um modo de conseguir
Rolar algum ferro no chão
Para ele então o perseguir
E aqui contei a lenda
Do amigo boitatá
Quem tiver alguma emenda
Que pois venha duetar.